O folhetim dos administradores da Caixa Geral de Depósitos que não querem entregar as suas declarações de rendimentos e património continua a fazer as delícias das donas de casa, das sopeiras, dos apreciadores dos Big Btrothers e da população em geral.
Os senhores não querem dar mostras públicas dos seus patrimónios e rendimentos, situação incompreensível, pois como diz o velho ditado: «quem não deve não teme». Acrescidamente ocupam cargos públicos e na administração pública a bem da transparência democrática, os seus dirigentes, a começar pelos governantes, não podem omitir rendimentos nem fontes de sustento.
Dada a relutância das referidas criaturas em acatar o que é eticamente (e talvez legal) elementar, perguntamos:
- O governo fez algum acordo com estes senhores quando os convidou para a administração da CGD, dispensando-os de apresentarem os referidos documentos?
- Porque é que o governo não substitui estas criaturas por pessoas que não temam tornar públicas as origens dos seus proventos e respetivo património?
- Acaso o governo não tem conhecimento que não existem pessoas insubstituíveis?
- Face ao temor que demonstram, que venha a lume o teor dos seus rendimentos e património, torna-se suspeita esta atitude. Assim, não é chegada a altura das autoridades competentes investigarem a origem dos bens e fontes de sustento desta gente?