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Questões Oportunas

Morreu coronel Dinis de Almeida, vítima de covid-19
21-05-2021 - Margarida Gomes

Coronel reformado, Dinis Almeida teve um papel decisivo na resposta ao bombardeamento e cerco da sua unidade, o Ralis.

O coronel reformado Eduardo Dinis de Almeida, que teve um papel decisivo na resposta ao bombardeamento e cerco da sua unidade, o Regimento de Artilharia Ligeira (Ralis), no contexto da tentativa golpista de 11 de Março de 1975, morreu vítima de covid-19. A morte do coronel, de 76 anos, foi confirmada ao PÚBLICO este domingo por Vasco Lourenço, presidente da direcção da Associação 25 de Abril.

Dinis de Almeida integrou o Movimento das Forças Armadas desde as primeiras reuniões. Na noite de 24 para 25 de Abril de 1974, prende o comandante do Regimento de Artilharia de Penafiel onde estava colocado, controla a unidade e avança sobre Peniche. Depois, em Lisboa, a sua coluna ocupou o quartel da Legião Portuguesa, na Penha de França, e instalasse no Regimento de Artilharia Ligeira (Ralis), que, no 11 de Março, é sobrevoado e metralhado por tropas pára-quedistas da Base Aérea de Tancos, afectas ao golpe de António Spínola. Ele resiste e recebe no Ralis Jean-Paul Sartre e o então director do Jornal Libération, Serge July.

No dia 21 de Novembro de 1975, diante de jornalistas e de câmaras de televisão, decorre no Ralis o primeiro e único juramento de bandeira revolucionário. Os soldados, de braço estendido e punhos cerrados, juram pela Pátria, comprometem-se a estar sempre ao lado do povo, da classe operária e a aceitar voluntariamente a disciplina revolucionária. Em 25 Novembro, tenta resistir aos Comandos, mas já não tem qualquer influência nos acontecimentos.

Enfrentou vários processos disciplinares dos quais viria a ser ilibado. Licenciou-se em Psicologia Clínica e Medicina Dentária, foi vereador na Câmara Municipal de Cascais pela CDU, entre 2001 e 2005, e pertenceu à comissão nacional de apoio à candidatura de Jerónimo de Sousa a Presidente da República, No Ralis de que era responsável, Dinis de Almeida opôs-se

às práticas de sevícias sobre presos políticos por parte de militares de extrema-esquerda.

Fonte: Publico.pt

 

 

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