O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, referiu, a propósito de a carga fiscal ter registado em 2020 o valor mais elevado de sempre, que tal se explica pelo facto de a actividade económica ter descido mais do que a receita fiscal e contributiva. e as contribuições sociais (TSU) aumentou em ano de pandemia.

Por seu lado, a receita do IVA caiu 1994 milhões de euros e a do IRC contraiu 1129 milhões de euros, num total de 3123 milhões de euros — a restante queda deve-se a outros impostos indirectos. Feitas as contas, esta quebra do IVA e IRC acabou por ser compensada com o crescimento da receita de IRS em 419 milhões de euros e da TSU em 237 milhões de euros. “Esta evolução positiva apesar da contracção da actividade económica esteve associada a medidas de política económica visando minorar o impacto no emprego e nos salários da pandemia, como o regime de layoff simplificado“, explica o INE.

Os números revelam assim que a subida na receita com IRS não foi suficiente para atenuar, do lado dos impostos directos, a quebra com o IRC, o imposto exigido aos rendimentos das empresas, cujas receitas caíram 17,9% para quase 5,2 mil milhões de euros.

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