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A vergonha e a falta de ética não tem limites, pelo menos para José Eduardo dos Santos

19-08-2016 - N.A. com Angola24horas

"Não precisamos de falsos empresários", que fazem "fortuna à custa de bens desviados do Estado ou mesmo roubados"

No discurso de abertura do VII Congresso Ordinário do MPLA, esta manhã em Luanda, o líder do partido no poder, José Eduardo dos Santos, alertou para a necessidade de o país conseguir "criar uma economia mais forte e mais competitiva", o que passa pela exclusão do que se chamou de "falsos empresários".

Para o presidente do MPLA e Chefe de Estado, "o nosso amanhã passa também por conseguirmos criar uma economia mais forte e mais competitiva", de forma a não dependermos excessivamente do petróleo e das importações.

Neste sentido, José Eduardo dos Santos alertou para a presença no país de "falsos empresários", que recebem "comissões a troco de serviços que prestam ilegalmente a empresários estrangeiros desonestos, ou que façam essas fortunas à custa de bens desviados do Estado ou mesmo roubados".

Sublinhando que "Angola não precisa destes falsos empresários, que só contribuem para a sua dependência económica e política de ciclos externos", o Presidente defendeu a necessidade de se "priorizar os projectos estruturantes, os de maior rentabilidade, os mais competitivos e inovadores".

Por isso, acrescentou Eduardo dos Santos, "há que apoiar mais "os empresários com provas dadas", nomeadamente em eficácia e responsabilidade e "mais comprometidos com o futuro do país".

A aposta deve incidir ainda sobre "os empresários que sabem realizar licitamente os seus negócios no mercado interno e externo, para constituírem riqueza e contribuírem para aumentar o emprego e fazer crescer a economia".

"Não devemos confundir estes empresários com os supostos empresários que constituem ilicitamente as suas riquezas", reiterou o Presidente, frisando que "a verdadeira riqueza dos países está acima de tudo na força, na habilidade e na capacidade criativa do seu povo".

"MPLA trabalha, e o povo sabe"

José Eduardo dos Santos iniciou este discurso inaugural do VII Congresso ordinário do MPLA fazendo uma resenha histórica do partido desde a sua fundação, em 1956, garantindo que o Movimento "nunca abandonou o povo" e "nunca combateu o povo".

Disse que o país, que é liderado pelo MPLA desde a independência, em 1975, tem vindo a consolidar a democracia e o Estado de Direito, e garantiu que todos podem pertencer ao partido, "desde que aceitem os seus estatutos", mas advertiu que, para chegar aos cargos dirigentes, esse processo é mais difícil e exigente.

Sobre aquele que é considerado por todos os analistas como o pano de fundo deste conclave, a crise económica que o país atravessa, para além da sua continuidade na liderança do partido e a dúvida sobre a sua permanência na política activa depois de 2018, depois de o próprio ter afirmado estar de saída, José Eduardo dos Santos desenvolveu o seu raciocínio em diversas vertentes, mas sublinhou que são "grandes os desafios" que estão colocados a Angola.

Preconizou de forma clara que o país e o Governo que lidera devem olhar para trás e "aprender com os erros" do passado, constatando "o que foi bem feito" para que isso possa servir de critério para o que se quer no presente e se possa projectar o futuro.

"Só não erra quem não trabalha", afirmou, para, de seguida dizer que "o MPLA trabalha" e que "o povo sabe" que o partido está sempre empenhado em fazer melhor.

Depois, o presidente do MPLA e da República procurou ir ponto a ponto às questões que inquietaram a sociedade angolana no tempo mais recente, como a epidemia de febre-amarela e o surto de malária, defendendo uma melhor organização do sistema de saúde, avisando para a importância de respeitar os programas de vacinação e de prevenção da febre-amarela e da malária.

Noutro ponto do discurso, José Eduardo dos Santos defendeu que alguns dos problemas que o país enfrenta resultam do seu passado violento, notando que "foi preciso fazer a guerra", mas defendendo que "não conseguiram matar a esperança da paz" e apontou: "Que o passado nos sirva de lição".

Neste contexto, fez ainda uma homenagem aos que "deram a vida" para que Angola "viva em paz e livre".

"O VII Congresso é um momento importante para reforçar a união e mostrar que o MPLA é o grande partido da família angolana", defendendo que este deve, a partir de agora, preparar-se para o "combate político" visando as eleições de 2017 e poder "continuar a governar" Angola.

Um dos pontos fortes anunciados para a nova forma de olhar a governação que defende foi emoldurado numa das frases fortes deste discurso que marcou o arranque dos trabalhos do conclave: "Deixar de governar para o cidadão, passando a governar com o cidadão" por forma a "com ele encontrar as soluções" que o país precisa, "no quadro de uma democracia participativa".

Nesse horizonte, José Eduardo dos Santos entende que urge criar uma economia que "dependa menos do petróleo e das importações", porque, entre outras razões, toda a gente sabe que a riqueza de um país não está no seu subsolo, essa está nas boas ideias e na capacidade inovadora do seu tecido económico.

E deixou alguns avisos mais veementes, como a importância de não deixar que forças externas aproveitem as "diferenças políticas" que existam no país para fazer perigar a paz e a estabilidade.

Nota: É vergonhoso como um Presidente que não respeita os Direitos Humanos, que tem uma filha que tem arranjado milhões à custa do Povo Angolano, onde a corrupção prolifera nas mais altas esferas do estado e com a cumplicidade do próprio Presidente se pode dar ao descaramento de afirmar o que diz neste artigo, uma única palavra, VERGONHOSO.

 

 

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