Edição online quinzenal
 
Sábado 27 de Abril de 2024  
Notícias e Opnião do Concelho de Almeirim de Portugal e do Mundo
 

Ministro da Defesa moçambicano nega participação do exército no ataque a comitiva de Dhlakama

25-09-2015 - Lusa

O ministro da Defesa de Moçambique, Salvador Mtumuke, negou o envolvimento do exército moçambicano no ataque no passado dia 12 à comitiva do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, afirmando que "a natureza vai encarregar-se de fazer a justiça".

"Quem garante a segurança do presidente da Renamo não são aqueles homens [armados da Renamo] que andam com ele, são as Forças Armadas de Defesa e Segurança, pelo que se quisessem assassina-lo, podiam tê-lo feito há bastante tempo", afirmou Mtumuke, em entrevista ao semanário Savana, publicada hoje.

Questionado se é possível o Governo desarmar o braço armado da Renamo à força, o ministro da defesa respondeu que "a natureza vai encarregar-se de fazer justiça, a própria idade vai determinar tudo e não terão mais habilidades para continuarem com as suas incursões".

Sobre as acusações da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) de que as FADM estão partidarizadas pela Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), o ministro da Defesa moçambicano remeteu a resposta ao papel do partido no poder da Frelimo na luta contra o colonialismo português e no período a seguir à independência do país.

"Não é possível falar de Moçambique sem mencionar o nome da Frelimo. A Frelimo é que criou as Forças Populares de Libertação de Moçambique para lutar contra o sistema colonial fascista português (...), pelo que o nome da Frelimo está sempre associado à história do nosso exército", assinalou Salvador Mtumuke.

Mtumuke rejeitou também as alegações da Renamo de que oficiais seus que integraram o exército unificado no âmbito do Acordo Geral de Paz assinado em 1992 estão a ser marginalizados.

"Hoje (quarta-feira], patenteámos seis oficiais-generais. Nesse grupo, havia oficiais vindos do governo e da Renamo. Há pouco, foram para a reserva, cinco generais vindos do governo, mas vocês nunca falam disso, só há barulho quando é alguém da Renamo. No exército, isso de partidos, não existe", frisou o ministro da Defesa de Moçambique.

A Renamo acusou o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi de ter dado ordens a oficiais do exército para matarem o líder da Renamo no ataque que a caravana de Afonso Dhlakama sofreu no dia 12 na província de Manica, centro do país.

Moçambique vive sob o espetro de uma nova guerra, devido às ameaças da Renamo de governar pela força nas seis províncias do centro e norte do país onde o movimento reivindica vitória nas eleições gerais de 15 de outubro do ano passado.

 

 

 Voltar

Subscreva a nossa News Letter
CONTACTOS
COLABORADORES
 
Eduardo Milheiro
Coordenador
Marta Milheiro
   
© O Notícias de Almeirim : All rights reserved - Site optimizado para 1024x768 e Internet Explorer 5.0 ou superior e Google Chrome