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Jovens do Timor Leste buscam desenvolvimento do país no Brasil

29-05-2015 - N.A.

Universitários fazem cursos de meteorologia na Unesp em Bauru (SP). Estudantes serão os primeiros profissionais da área no país asiático.

Oito jovens do Timor Leste estão no Brasil buscando especialização para desenvolver o seu país. Eles cursam meteorologia na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), em Bauru (SP), e serão os primeiros profissionais da área no país do sudeste asiático. Além do curso integral, os alunos estrangeiros precisam de reforço em outras disciplinas como português, matemática e física, mas o esforço é válido, segundo eles.

O intercâmbio é feito por meio de uma parceria dos governos brasileiro e timorense. Cada aluno veio de uma cidade diferente e ganha uma bolsa para estudar e viver no Brasil por quatro anos. "A responsabilidade é grande, por isso é preciso estudar bastante", explica a estudante Angelina Freitas.

Os estudos em uma universidade pública brasileira, como a Unesp, significam uma grande conquista para a população do Timor Leste, segundo o estudante Simão Teles Fernandes. "O nosso país está independente recentemente na Ásia, por isso ainda precisa de meteorologista para desenvolver o nosso país".

Além da rotina na universidade, eles dividem a moradia em uma pensão e cada um precisa fazer sua parte pra manter a casa arrumada. Eles também revezam o acesso à internet para conversar com parentes e amigos. Os estudante timorenses vão retornar ao país apenas quando estiverem formados, que deve ocorrer daqui a quatro anos.

Para diminuir a saudade, todo o fim de tarde eles se reúnem e cantam músicas em tétum, linuga oficial do Timor Leste. Os jovens vieram ao Brasil atrás de uma oportunidade de mudança para o país de origem, mas não esqueceram de trazer na bagagem a cultura e o orgulho do jovem país.

"No meu país, todo dia, quando temos tempo, nos reunimos para cantar e tocar, só isso. Temos que cantar juntos para nos divertir longe da família", conta o estudante Natividade Rodrigues.

Todo o território do país, que é menor do que o estado do Sergipe, tem pouco mais de um milhão de habitantes que falam português e tétum. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), quase 40% da população vive abaixo da linha da pobreza. A educação também preocupa já que 50% dos moradores são analfabetos.

 

 

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