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Angola: Cerveja importada por Angola aumentou mais de 37% no último trimestre de 2014

10-04-2015 - Lusa

A cerveja importada por Angola aumentou mais de 37% no último trimestre de 2014, antecedendo a anunciada imposição de quotas à entrada destes produtos, setor em que empresas portuguesas estão fortemente presentes no mercado angolano.

Segundo o mais recente boletim estatístico do Conselho Nacional de Carregadores (CNC) de Angola, ao qual a Lusa teve hoje acesso, a importação de cerveja aumentou para 93.707,97 toneladas no período entre outubro e dezembro.

Este forte aumento, equivalente a 37,68% em termos homólogos (mais 25.644 toneladas), já incorpora o efeito da introdução da nova pauta aduaneira, que desde março de 2014 agravou os custos da importação de alguns produtos para fomentar a produção nacional, afetando nomeadamente as bebidas.

A cerveja fechou o ano de 2014 como o sétimo produto mais importado por Angola, enquanto as águas desceram 6,19%, para 42.221,13 toneladas, e a importação de sumos diminuiu 8,86%, para 30.669,80 toneladas, segundo o relatório do CNC, instituto público tutelado pelo Ministério dos Transportes e que coordena as operações de comércio e transporte marítimo internacionais.

A importação de bebidas, segundo dados do executivo angolano, cifra-se anualmente em cerca de 400 milhões de dólares (365 milhões de euros), mais de metade proveniente de exportações de empresas portuguesas, nomeadamente cerveja.

Contudo, tendo em conta a capacidade instalada das fábricas que operam no país, que não estará a ser utilizada, e como forma de dinamizar a produção local, o Governo angolano instituiu um sistema de quotas à importação de bebidas que deveria vigorar a partir de março.

"Em princípio estamos preparados. É um desafio muito grande, até agora a nossa produção nacional não deu aquela virada que devia ter dado já há muitos anos, por causa das importações. Os produtos de importação chegam ao país muito mais baratos, então é aliciante que muitos operadores económicos importem em vez de produzir em Angola", disse, em janeiro passado, a ministra do Comércio de Angola, Rosa Pacavira.

O Governo angolano fixou assim uma quota geral de importação para este ano em termos de águas (150.000 hectolitros), refrigerantes (200.000), cervejas (400.000) e sumos (200.000), medida que tem vindo a merecer a preocupação das empresas portuguesas de bebidas, sobretudo as cervejeiras.

O objetivo do Governo angolano passa por acelerar a diversificação da economia, dependente das exportações de petróleo e agora a enfrentar uma crise financeira face à quebra na cotação internacional do barril de crude.

PVJ // EL

 

 

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