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Angola tem um dos padrões mais desiguais de distribuição do rendimento!

13-03-2015 - N.A./Circulo

Angola está no grupo dos países com muito baixo desenvolvimento humano, no IDH(Índice de Desenvolvimento Humano). Angola é um dos países com maiores reservas de petróleo no mundo, mas “não há uma correspondência entre a riqueza de matérias-primas e o desenvolvimento humano”. “Os problemas do ponto de vista de políticas públicas, redistribuição de riqueza e melhorias nas condições de vida impedem Angola de conseguir ter um desenvolvimento humano melhor, o que seria de esperar, face ao tipo de riqueza que obtém do ponto de vista de matérias-primas”,

Angola põe em risco o seu desenvolvimento por gastar menos do que é desejável e necessário, os valores gastos com a protecção social, a igualdade de género e mudanças climáticas, são lamentavelmente insuficientes.

Angola se não aumentar o investimento em programas de protecção social, na igualdade de género e programas de mudança climática, na saúde, na educação, na agricultura e água, saneamento e higiene. Dificilmente atingirá as metas de desenvolvimento sustentável a partir de 2015.

Angola entre 2008 e 2013, 40% do seu gasto extra foi financiado por empréstimos, muito caros – por exemplo, usando fora do orçamento iniciativas de financiamento privado para infra-estrutura e títulos comerciais internos e externos.

Crescimento inclusivo e equitativo é visto em Angola como de extrema importância em qualquer quadro pós-2015, O crescimento económico por si só, sem espalhar os benefícios uniformemente pela sociedade pode aumentar a desigualdade e ferir a coesão social.

Pobreza Infantil

Tudo isso leva-nos a alertar mais uma vez aos nossos governantes para o seguinte: Angola tem um dos padrões mais desiguais de distribuição do rendimento e é citado como “um dos exemplos mais acabados” de um cenário em que a actividade das empresas do Estado se esconde por trás de um sistema financeiro opaco, não cumpre regras mínimas de transparência e beneficia figuras públicas ou políticas.

No caso de Angola, um paradoxo que coloca a ostentação de um dos lugares mais caros do mundo, junto à baía de Luanda, e os seus condomínios privados, clubes e hotéis exclusivos que servem a elite do país e os executivos das multinacionais com presença em Luanda, a conviver ao lado de bairros de lata sem água ou electricidade, onde cabe metade da população da capital, descreve o relatório de Kofi Annan. A imagem não é de agora. Mas o que questiona este painel é como sobrevive este paradoxo a uma década de forte e rápido crescimento.

Angola é o segundo país exportador de petróleo da África subsariana e o quinto produtor mundial de diamantes e está entre o terço (de países) que mais cresceram entre 2000 e 2011 no mundo. Em 2012, ultrapassou a taxa de crescimento da China. Na última década, cresceu a uma taxa média de 7% e o rendimento médio mais do que duplicou. O efeito foi praticamente nulo na forma como a maioria da população continua a viver. “Enquanto a elite angolana usa o rendimento do petróleo para comprar activos no estrangeiro, em Angola as crianças passam fome”, nota o relatório. A subnutrição explica um terço das mortes de crianças.

A taxa de mortalidade infantil, até aos cinco anos, está no topo da lista: é a oitava maior do mundo, com 161 mortes em 1000 crianças por ano, o que representa 116 mil mortes todos os anos.

Os nossos líderes políticos, a elite do poder, vivem a demasiado tempo numa prisão que eles próprios criaram que é da corrupção, impunidade, clientelismo político, transformou-se num circulo vicioso, por isso é urgente que eles próprios se libertem com novas práticas governativas e politicas, usar a transparência, a ética, honestidade e seriedade como vectores imprescindíveis para que a sua politica tome o um novo rumo. Estamos mergulhados numa sociedade consumista e aquisitiva que “o ter vale mais que o ser” mas temos que mostrar aos mais jovens que realmente sem dinheiro não se pode adquirir bens materiais mas sem educação, não se conhece o verdadeiro valor do ser humano e não se sabe que a vida e a sabedoria não têm preço, é preciso pôr termo a discriminação, a falta de respeito pelo outro, a falta de solidariedade e acabar de vez com a exclusão social e a pobreza.

”Saúde, educação, infra-estruturas básicas, comércio rural, desminagem, água, energia, emprego, segurança, justiça, protecção social , corrupção ,erradicação da fome, pobreza e exclusão social, em Angola deveriam ser prioridades nacionais para restituir a dignidade ao povo e conseguir uma sociedade mais livre, mais justa, mais fraterna e mais solidária, é urgente acabar com a Pobreza em Angola e que todos os angolanos se sintam bem no seu País.

A necessidade de “distribuir equitativamente a riqueza petrolífera” do país. tem sido uma das nossas batalhas aqui no CAI ,reduzir drasticamente as desigualdades sociais com novas políticas e mais actuantes, acabar com a pobreza e a exclusão social em Angola e combater a corrupção com programas mais abrangentes e uma justiça funcional e independente.

 

 

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