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Angola trabalha para interligação com a Zâmbia e RDC

13-02-2015 - N.A.

Luena - Angola fez a sua parte no tocante a ligação ferroviária com as repúblicas Democrática do Congo e da Zâmbia e, agora, trabalha com os vizinhos para acelerarem a parte que lhes diz respeito, visando fazer rápidamente à interligação regional, afirmou hoje, quinta-feira, o ministro angolano dos Transportes, Augusto Tomás.

O ministro falou à imprensa momentos antes de seguir de comboio de Luena ao município do Luau, província do Moxico, que faz fronteira com a República Democrática do Congo.

“Estamos a fazer a viagem triunfal para Luau. É o concretizar de todo um esforço de milhares de trabalhadores angolanos, chineses e de outras nacionalidades, no sentido de dar uma resposta positiva á estratégia e ao programa do Governo, orientado pelo Presidente José Eduardo dos Santos”, explicou o governante.

Segundo disse, esta acção responde positivamente aos anseios de desenvolvimento do país e de coesão social, manifestado pelo povo.

“Pensamos que o comboio da paz, da vitória, da reconstrução e do desenvolvimento vai finalmente chegar às Chanas do Leste e, assim, estaremos em condições de proximamente regularizar a circulação ferroviária do Lobito ao Luau”, aferiu.

Em relação à ligação com as repúblicas Democrática do Congo e da Zâmbia, o ministro angolano disse que neste momento a preocupação incide em resolver o problema dentro do território angolano, concretizando a operação e a segurança operacional da linha neste lado.

Posteriormente, acrescentou, virão conversações entre os governos dos países, do ponto de vista da regulação conjuntural, assinando acordos do domínio ferroviário, rodoviário, aéreo, marítimo e fluvial, de modo a criar-se o quadro de sinais favoráveis à concretização deste grande objectivo, que é a ligação, de facto, das linhas.

Aventou que em simultâneo, quer a RDC, quer a Zâmbia, também tem os seus programas e estratégias visando à interligação das suas linhas com as angolanas, após a conclusão dos programas de religação internos. “Estamos a falar não só da linha-férrea, mas também das suas estações e dos seus materiais circulantes”.

Na óptica do ministro angolano, este é um processo que exige muito trabalho e algum tempo de maturação, sendo, por isso, lógico que cada governo tenha a sua estratégia, programa e cronograma de acções.

No comboio inaugural Lobito (Benguela) ao Luau (Moxico), denominado comboio da vitória, da paz, da reconstrução e do desenvolvimento, vão a bordo o ministro dos Transportes Augusto da Silva Tomás, outros membros do Executivo, deputados a Assembleia Nacional, entre outras entidades.

O mesmo tem 10 carruagens, cada com capacidade para 36 pessoas, duas das quais transformadas em restaurantes.

O comboio leva mais de 200 pessoas e já passou pelas províncias do Huambo, Bié, devendo chegar esta noite ao município do Luau, que faz fronteira com a República Democrática do Congo.

O caminho-de-ferro de Benguela tem uma extensão de 1.344 quilómetros. Encontra-se ligado aos sistemas ferroviários da República Democrática do Congo e da Zâmbia. Através deste último país, é possível chegar à cidade de Beira, em Moçambique, e a Dar es Salaam, na Tanzânia.

O Caminho-de-Ferro de Benguela foi criado em Agosto de 1899, mas as suas obras tiveram início a 1 de Março de 1903 e concluídas a 2 de Fevereiro de 1929.

Devido ao conflito armado que assolou o país, a circulação por esta via ficou interrompida por um período de 30 anos, sendo retomada em Agosto de 2012.

Pela província do Moxico, Angola partilha uma fronteira de 747 quilómetros quadrados com a República da Zâmbia e 330 quilómetros quadrados com a República Democrática do Congo, totalizando 1.077 quilómetros quadrados com os dois países.

 

 

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