FORÇAS DE SEGURANÇA E RACISMO
08-02-2019 - Manelinho de Portugal
Antes de mais, expresso o orgulho e privilégio que ao longo da vida tive -e tenho- de ter tido e continuar a ter verdadeiros amigos brancos, ciganos, pretos, mestiços e, ultimamente, asiáticos (não digo “amarelos” porque nem todos o são); tal como cristãos católicos apostólicos romanos (como eu), mas também hindus e muçulmanos sunitas, assim como agnósticos e ateus; bem como homossexuais ou “LGBTs”; e de outras pessoas de vários quadrantes políticos. E todos independentemente de serem portugueses ou estrangeiros residentes em Portugal.
Portanto, a última coisa de que poderei ser acusado é o de racista, xenófobo ou intolerante em relação ao que quer que seja, pelo que me sinto particularmente àvontade para escrever as linhas que se seguem.
Decidi escrever umas “linhas” sobre o tema em título, mas não a “quente” -antes procurando algum “distanciamento”, sobretudo em relação no já ultra-famoso “caso” do Bairro da Jamaica no Seixal, que mais não foi do que um “caso de polícia”, bem como subsequentes actos de alteração da ordem pública, agressões verbais e físicas a elementos da PSP, danificação de veículos automóveis na Av. da Liberdade em Lisboa, ataque com coktails molotov à Esquadra da PSP do Bairro da Bela Vista em Setúbal, e ainda vandalismo (incêndio) de mobiliário público urbano e de veículos automóveis em vários municípios periféricos da Capital.
Contudo, José Janeiro, com o seu assertivo e excelente artigo intitulado “MAMADOU BA(TE UMA QUE ISSO PASSA)-O RESCALDO”, publicado na edição de 01-02-2019, quase que me retirou as “palavras da boca”, ou melhor, da “pena”.
Subscrevo incondicionalmente o que José Janeiro escreveu!
Assim, as “palavras” que se seguem mais não são do que um mero e modesto complemento ao seu artigo.
Devido à altercação e agressões entre moradoras do Bairro da Jamaica, mero e corriqueiro “caso de polícia”, habitantes do mesmo terão chamado a PSP para pôr termo ao conflicto. Porém, “jovens” do dito bairro, terão recebido os polícias com grande hostilidade, mediante insultos, agressões físicas e apedrejamento dos mesmos e viaturas policiais em que se transportavam, causando ferimentos num agente que teve de ser assistido hospitalarmente e danos nos veículos automóveis da Polícia. Face a tal situação, os agentes da PSP, tiveram de recorrer legítima e naturalmente à “força física”, com vista à sua auto-defesa e restabelecimento a ordem pública.
Não fora alguém ter registado em video de telemóvel a ocorrência, divulgando o mesmo e fornecendo-o aos órgãos de comunicação social, mas capciosa e intencionalmente só no que concerne à reacção policial, o que seria mais um infeliz caso de confronto entre arruaceiros e criminosos com Forças de Segurança (PSP ou GNR), a juntar a tantos outros que cada vez se tornam mais vulgares, tornou-se um “caso político” e de alegado “racismo”, por os polícias serem brancos e os delinquentes pretos.
Assim, num obsceno aproveitamento sócio-político, o mais do que famoso -esse sim, racista anti-branco e xenófobo anti-português- militante do Bloco de Esquerda e “chefe” duma inexpressiva associação racista de seu nome “SOS Racismo”, senegalês de seu nome Mamadou Ba, logo veio a “terreiro” defender os agressores e desordeiros e verberar o comportamento dos agentes da PSP, apelidando esta Corporação ou Instituição de “bosta”, cujo sinónimo, em bom vernáculo português, é “merda”.
Mas como se tal não bastasse, o Bloco de Esquerda, patrão e protector do Mamadou, foi o único partido com assento parlamentar a, subliminarmente, “defender” os desordeiros e a acusar a PSP de racismo, caucionando e ou incentivando, com um “aceno” de impunibilidade, a “onda” de vandalismo criminoso que se seguiu durante cerca de uma semana, a qual mais não foi do que um conjunto de actos terroristas.
Entretanto, no passado dia 25 de Janeiro, ocorreram dois eventos sócio-políticos antagónicos: um na Praça do Comércio/Terreiro do Paço, frente ao Ministério da Administração Interna, de apoio às Forças de Segurança (mormente PSP), promovido pelo PNR – Partido Nacional Renovador, com entrega de carta dirigida ao respectivo Ministro apoiando e solidarizando-se com aquelas, o qual, não obstante ter tido câmaras televisivas e jornalistas de quase todos os media, não mereceu qualquer relevo por parte dos mesmos; contrariamente, a concentração promovida pelo Mamadou e sua “SOS Racismo” contra as Forças de Segurança frente à Câmara Municipal de Setúbal, foi largamente difundida pelos jornais e televisões, o qual referiu que as acções “racistas” por parte da PSP e GNR são recorrentes. E para “provar” o que disse, referiu uma acção policial “musculada” na cidade de Estremoz (Alentejo) a 12 de Dezembro de 2018, a qual, com intervenção dum efectivo do Corpo de Intervenção da PSP, realizou buscas e detenções de ciganos residentes num clandestino acampamento/”Bairro das Quintinhas” por ordem do Ministério Público na periferia daquela cidade. Mas o dito “anti-racista” omitiu que, durante ou na sequência da mesma, foram agredidos elementos policiais, assim como que alegadamente familiares e ou amigos de 6 delinquentes detidos, terão tentado libertá-los mediante “invasão” da respectiva Esquadra, o que obrigou os agentes do C. I. a utilizar a força.
Ora só por isto se vê a natureza racista, incitadora ao ódio racial. à desordem pública e violência por parte do Mamadou e sua “SOS Racismo” -o primeiro empregado e a segunda protegida pelo Bloco de Esquerda.
Contudo, enquanto alguns detentores de órgãos de soberania não adoptam uma atitude, ou proferem uma declaração pública, manifestando apreço, confiança e solidariedade para com os elementos das Forças de Segurança -mormente a PSP-, mas contrariamente vão ao Bairro da Jamaica apoiar indiscriminadamente os seus moradores (pessoas de bem e ou criminosos) e com eles tirar selfies; e o Ministério Público “abre” um inquérito à acção policial neste caso (mas também em muitos outros), tanto quanto se conhece ainda não se dedicou a proceder a um aturado e profundo inquérito à actividade e financiamento do Mamadou e da sua “SOS Racismo”, bem como aos políticos e partidos ou associações políticas que lhes prestam apoio.
Porém, muito mais grave do que o que acima ficou dito, foi o descarado e abjecto aproveitamento político e populista do “caso” do Bairro da Jamaica por parte de políticos que se pretendem eleger nas próximas eleições legislativas para a Assembleia da República, como Pedro Santana Lopes e seu partido Aliança, e de quem se quer reeleger Presidente da República, como Marcelo Rebelo de Sousa.
Enfim, são estes os políticos que temos, e que se “vendem” não por um “prato de lentilhas”, mas sim por um punhado de votos, ainda que de criminosos.
Manelinho de Portugal
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