EPÍLOGO DOS LUSOS “COLETES AMARELOS”
ACÇÃO NACIONAL DE 21/12/2018
04-01-2019 - Manelinho de Portugal
Nos dias que precederam a acção de protesto nacional dos “Coletes Amarelos” portugueses, a mesma foi amplamente “diabolizada” nos media, apelidando-a de de extrema-direita, “fascista” e de potencialmente provocadora de arruaça, vandalização de bens privados e públicos, bem como de perigosamente atentatória à “segurança do Estado” -expressão e ideia tão caras ao Estado Novo de Salazar (palavras do socialista PS ----, Presidente ou Secretário-Geral da UGT). E tudo mediante notícias, comentários jornalísticos e comunicações governamentais sobre, ou contra, a mesma -estes últimos, aliás intimidatórios, pois referiram que não só os promotores e organizadores do “protesto”, mas também quem manifestasse nas redes sociais apoio ou adesão ao mesmo, seria identificado e “fichado” pelo “serviço secreto” SIS, PSP e GNR, mediante fotos e vídeos (vide edição do jornal Correio da Manhã de 21/12/2018).
Como premonitoriamente escrevi no meu artigo publicado na edição deste jornal da semana passada (21/12/2018), o “sistema” encarregar-se-ía através dos media e seus jornaleiros e comentadeiros a ele enfeudados, mais as centrais sindicais socialista “informal coligação pseudo-democrática PS/BE/PCP, tudo faria para denegrir social e politicamente o “protesto” dos “Coletes Amarelos” portugueses; e no caso do Governo, mediante ameaças directas ou indirectas “formalizadas” pela intervenção do “serviço secreto” SIS, Secretaria-Geral do Sistema de Segurança Interna, órgão de “cúpula” das forças de segurança -mormente PSP e GNR, e seus órgãos de “informações”.
Tais ameaças, com vista à desmobilização e intimidação dos promotores do, e aderentes ao, “protesto” dos “Coletes Amarelos”, consistiram na ampla divulgação pelo Governo, via Ministério da Administração Interna, nos jornais e tvs, de que, preventiva e repressivamente para com os participantes no dito, SIS, PSP e GNR identificariam, “fichavam” e deteriam os organizadores do mesmo, assim como quem “saísse à rua” a ele aderindo.
Infelizmente, este “governo Costa/PS/BE/PCP”, exímio seguidor da “cartilhastalinista”, recorrendo aos meios utilizados (e tanto verberados) na ditadura “salazarista” e “marcellista, conseguiu o seu intento. Aliás, basta ver a imagem de algumas dezenas de “protestantes” na Praça/Rotunda do Marquês de Pombal em Lisboa cercadas por quase tantos ou mais polícias que, ao que parece, até seriam do Corpo de Intervenção da PSP.
Ora, curiosamente (ou não) são os mesmos (ou os seus “herdeiros”) que no salazarismo e marcellismo pediam Liberdade e, ainda que “servidores do Estado” (como então se designavam os funcionários públicos), “surdamente” protestavam, mas sem coragem de afrontar o “poder político instituído”, que hoje promovem e exercem a censura e a repressão. Algo de orwelliano semelhante ao “Animal Farm – O Triunfo dos Porcos”.
Como diria o grande Almada Negreiros:
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e Sérgio Godinho:
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In fine , é caso para reproduzir o velho provérbio popular que reza:
“Nunca peças a quem pediu, nem sirvas a quem serviu”!
Manelinho de Portugal
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