Os Sete pecados – A Soberba
20-09-2013 - Francisco Pereira
“Conhecida também orgulho, querer ser e mostrar que é melhor do que os outros, falta de humildade, arrogância.”
Este é um dos pecados capitais que mais nos enche de orgulho. A soberba parece ser natural para os nossos políticos, eles são os mais espertos, os mais dignos e os mais importantes, daí tratarem-se todos por “doutor”, só muito esporadicamente aparece o “engenheiro”, por vezes chegam ao cúmulo de senhorear o doutor, e se o cavalheiro é professor então a coisa fica a roçar o ridículo, porque muito antes de conseguir principiar o nome da pessoa já estamos sem fôlego.
A soberba faz com que qualquer manga de alpaca, desde que investido de qualquer função numa qualquer repartição pública da obtusa administração burocrática lusa, passe a ser um pavão, resplandecente de soberba, desdenhando dos pobres e infelizes indígenas, no entanto se um dos “doutores” se aproxima é ver o pavão a inchar, a soberba do manga de alpaca funcionário, a pedir meças à soberba do “doutor”, quantas vezes não assistimos já a uma situação dessas, é de encher o papo a rir!
Na televisão, a soberba fez escola, e é vê-los, inchados a falar de si mesmos, babando com os seus dichotes, aparentemente inteligentes, que não passam as mais das vezes de lana-caprina para encher os ouvidos à plebe. A soberba manifestasse pelo modo como nos não respeitamos diariamente como se cada um de nós vivesse num planeta diferente do vizinho do lado. A soberba manifestasse em não sabermos ouvir, não sabermos ouvir o que os outros nos querem dizer.
A soberba manifestasse indubitavelmente numa espécie de arrogância colectiva em que todos temos a mania que somos melhores e mais espertos que os outros. Humildade e humanidade precisam-se!
Francisco Pereira
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