O ACTOR
Os actores dão corpo aos personagens
Às vezes com a paixão desmedida,
Reproduzindo em precisas imagens
Os fiéis retratos da nossa vida.
Às vezes, tomam pele de cordeiro,
Ou vestem pele de lobo, outras vezes;
Tanto fazem de um homem de dinheiro
Como de alguém em penosos reveses.
Se há um que em palco vai fazer de idoso,
Um outro nos mostrará juventudes
Sabe-se lá com quanta nostalgia.
Quantas vezes a fazer de andrajoso
Nos mostra de quantas vicissitudes
É composto este nosso dia-a-dia.
O Actor II
Os actores dão corpo às personagens
Às vezes com a paixão desmedida,
Reproduzindo em precisas imagens
Os fiéis retratos da nossa vida.
Às vezes vestem pele de cordeiro,
E a de lobo que vestem tantas vezes;
Tanto fazem de um homem de dinheiro
Como de alguém em penosos reveses.
Tanto fazem o papel de um idoso
Como dão corpo a afoita mocidade,
Ou fazem de homem pobre e andrajoso;
E brincando, acabam por dizer
As verdades vis de uma sociedade
Que homens infames querem esconder.
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