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Pardal Henriques deixa de ser porta-voz dos motoristas e candidata-se a deputado

23-08-2019 - Diogo Barreto

O advogado vai ser cabeça-de-lista em Lisboa pelo PDR, o partido de Marinho e Pinto. E deixa o cargo de vice-presidente do SNMMP para "não misturar" as posições.

Pedro Pardal Henrique vai deixar de ser porta-voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e vai ser o cabeça de lista pelo círculo de Lisboa pelo PDR, o partido de Marinho e Pinto.

No comunicado enviado às redações pelo advogado, este informa que aceitou "o convite para integrar a lista do PDR como cabeça de lista pelo círculo de Lisboa". A notícia tinha já sido avançada pelo líder do partido, Marinho e Pinto, esta quarta-feira, e foi agora confirmada pelo próximo. 

Henriques diz querer ser "uma voz ativa por todas as causas" que tem vindo a defender e que acredita não estarem a ser "representadas no Parlamento Português". Elenca depois algumas dessas causas e das críticas que tem a apresentar aos partidos: "Veja-se por exemplo a reação dos Partidos Políticos, e em especial dos partidos com assento parlamentar relativamente à utilização de todos os meios possíveis para através da força e da aliança com as empresas, dizimar os direitos constitucionais dos trabalhadores, que reclamam unicamente o pagamento do trabalho que fazem, sem esquemas fraudulentos", escreve, em referência à greve dos motoristas de matérias perigosas que terminou no início desta semana.

Diz ainda que para que a sua agenda "fique esclarecida", vai deixar de ser porta-voz do SNMMP "por forma a não misturar o que poderia ser interpretado como campanha eleitoral". Mas vai continuar a representar juridicamente aquele sindicato, bem como outros que passou a defender. Pardal Henriques aproveitou ainda para deixar uma alfinetada ao porta-voz da ANTRAM, André Matias de Almeida, e a sua nomeação pelo PS.

"Aqueles que não sabem como me atacar mais, dirão (como já disseram) que me quiz aproveitar da causa dos motoristas para me auto-promover. No entanto, quem me conhece sabe perfeitamente que defendo esta causa desde 2017, e nunca foi a minha intenção iniciar uma carreira política", reafirma Pardal Henriques. Durante as greves dos motoristas foram levantadas suspeitas sobre os motivos por de trás de Pardal Henriques, a figura mais mediática do sindicato dos motoristas, apesar de não ter essa profissão.

O advogado termina a mensagem a apresentar os motivos que o levam a candidatar-se: "Candidato-me para defender e representar estas causas, contra a Corrupção. Candidato-me mas não abandonarei as causas que represento. Candidato-me porque acredito que podemos voltar a recuperar os valores de Abril".

Leia abaixo o comunicado enviado às redações na íntegra

Venho preste meio comunicar que aceitei o convite para integrar a lista do PDR como cabeça de lista pelo círculo de Lisboa.

Tomei esta decisão depois de ponderar bastante e de conferenciar com a minha família, e fi-lo consciente de que pretendo ser uma voz ativa por todas as causas que tenho vindo a defender, e que considero que hoje não estão representadas no Parlamento Português.

Veja-se por exemplo a reação dos Partidos Políticos, e em especial dos partidos com assento parlamentar relativamente à utilização de todos os meios possíveis para através da força e da aliança com as empresas, dizimar os direitos constitucionais dos trabalhadores, que reclamam unicamente o pagamento do trabalho que fazem, sem esquemas fraudulentos.

Face ao exposto, e para que pelo menos a minha agenda fique esclarecida, (faltando esclarecer a do porta-voz da ANTRAM e das suas nomeações pelo PS), venho por este comunicar que a partir deste momento não serei mais o Porta-Voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas, por forma a não misturar o que poderia ser interpretado como campanha eleitoral.

No entanto, continuarei a representar juridicamente este Sindicato, assim como o Sindicato dos Seguranças e Vigilantes de Portugal, o Sindicato Independente dos Trabalhadores da Rodoviária de Lisboa, assim como outros Sindicatos e causas que aceitei defender, e falo-ei com a mesma determinação, dinamismo e empenho como emprego em todas as causas que defendo.

Aqueles que não sabem como me atacar mais, dirão (como já disseram) que me quiz aproveitar da causa dos motoristas para me auto-promover. No entanto, quem me conhece sabe perfeitamente que defendo esta causa desde 2017, e nunca foi a minha intenção iniciar uma carreira política. A estas pessoas que possam utilizar esses argumentos baixos, apenas questiono o porquê não tiveram coragem de assumir esta ou outras causas como estas? É mais fácil criticar ou manter-se conivente com os esquemas instalados no nosso Estado.

Assim, continuarei a exercer a advocacia e a defender todas as causas em que acredito, e em especial o o novo Sindicalismo Independente, mas pretendo fazê-lo com uma voz ativa contra a HIPOCRISIA e a CORRUPÇÃO no Parlamento Português, não me conformando com a agressão aos Direitos Fundamentais dos trabalhadores, dos pensionistas, e daqueles que sofrem diariamente pelos ataques disferidos pelos poderes coligados no nosso Estado de Direito.

Candidato-me para defender e representar estas causas, contra a Corrupção.

Candidato-me mas não abandonarei as causas que represento.

Candidato-me porque acredito que podemos voltar a recuperar os valores de Abril.

Fonte: Revista Sábado

 

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