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Dos Champalimaud aos Mello: o regresso dos ricos a Portugal

25-04-2019 - Ana Taborda

Chegaram de avião e de barco, a acompanhar as mobílias que já tinham levado para o exílio. Compraram bancos, seguradoras e até empresas de lingerie.

Há 40 anos, Mary Salgado fez as malas para embarcar naquela que seria a sua primeira grande viagem de barco, recorda à SÁBADO, já sem grandes certezas do número de dias que demorou a chegar do Rio a Portugal. "Eram uns barcos italianos, que vinham diretos para Lisboa.

Acho que a viagem demorava uns cinco dias", lembra a irmã do ex-banqueiro Ricardo Salgado. "Vim de barco com os meus dois filhos mais velhos, a acompanhar a mobília, porque saía mais barato do que mandar vir a mobília sozinha. E o meu marido veio com os dois mais pequenos de avião.

Não cabia tanta gente numa cabine." Para os miúdos, foi uma aventura. "Apanhámos um bocado de mau tempo ali ao largo da Madeira, mas eles adoraram, porque o barco tinha uma piscina e quando estava mau tempo a piscina ficava cheia de ondas. A comida é que era horrível, sabia tudo ao mesmo, eram quase sempre massas, não havia grandes variedades, uma sensaboria."

A partir do fim dos anos 70, a elite económica e social começou a regressar ao País. Tinham saído depois do 25 de Abril de 1974, do 11 de Março e da nacionalização das empresas. Entre eles estavam os Champalimaud e os Espírito Santo, os Mello, Ricciardi, Roquette, Queiroz Pereira, Rebelo de Sousa, Cupertino de Miranda, Boullosa, Ibérico Nogueira e muitos outros. Fizeram-se novamente ricos. Alguns já perderam tudo outra vez.

Fonte: Sábado.pt

 

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