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Netanyahu espera que União Europeia reconheça Jerusalém como capital de Israel

15-12-2017 - RTP

Em visita ao Velho Continente, o primeiro-ministro israelita voltou esta segunda-feira a elogiar o Presidente dos Estados Unidos por reconhecer Jerusalém como capital do seu país e disse esperar que os europeus façam o mesmo. Benjamin Netanyahu considerou ainda que esse reconhecimento “torna a paz possível” no Médio Oriente. A chefe da diplomacia europeia diz que a União continuará a respeitar os acordos internacionais.

Enquanto Benjamim Netanyahu acredita que a maior parte dos países da Europa acabará por reconhecer Jerusalém como capital de Israel, a chefe da diplomacia europeia já veio dizer que tudo ficará como antes.

"Acreditamos que a única solução realista para o conflito entre Israel e a Palestina é a de dois Estados com Jerusalém como a capital de ambos: o Estado de Israel e o Estado da Palestina ao longo da fronteira de 1967. Esta é a nossa posição e nós continuaremos a respeitar o acordo internacional sobre Jerusalém", afirmou Federica Mogherini.

Esta é a primeira visita do chefe do Governo de Israel a Bruxelas e decorre num período de tensão política provocada pelo reconhecimento da cidade de Jerusalém como capital israelita pelos Estados Unidos.

Benjamin Netanyahu afirmou que não só acontecerá este reconhecimento, como as representações dos países em Israel serão transferidas para Jerusalém.

"Eu penso que o presidente Trump colocou os factos diretamente sobre a mesa. A paz é baseada na realidade. Eu acredito que todos, ou a maioria dos países europeus, irão ter embaixadas em Jerusalém, reconhecerão Jerusalém como a capital de Israel e trabalharão connosco pela segurança, prosperidade e paz", disse o primeiro-ministro israelita.

E acrescentou: “Jerusalém é a capital de Israel, ninguém o pode negar (…) Torna possível a paz porque reconhece a realidade e a substância da paz, a fundação da paz”, declarou Benjamin Netanyahu em Bruxelas antes do encontro com os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia.

Netanyahu considera que agora "há um esforço para promover uma proposta de paz pelo Governo dos Estados Unidos. Acho que devemos dar uma oportunidade à paz (…) É hora de os palestinianos reconhecerem o Estado judeu e reconhecerem que tem uma capital, que se chama Jerusalém”.

O primeiro-ministro israelita acredita que, embora ainda não haja um acordo, "é isso que vai acontecer no futuro”.

Netanyahu foi saudado pela chefe da diplomacia europeia, durante sua primeira visita a Bruxelas. Federica Mogherini abordou o assunto de Jerusalém, agravado após a recente decisão dos EUA, dizendo que a União Europeia continuará a trabalhar para um "consenso internacional".

“Como parceiros e amigos de Israel, nós pensamos que é do interesse securitário de Israel encontrar uma solução duradoura e global”, afirmou a alta representante da União Europeia para a Política Externa. Mogherini condenou ainda “todos os ataques cometidos contra os judeus, em todo o mundo, incluindo na Europa”.

Na opinião de Netanyahu, o Presidente norte-americano, Donald Trump, apenas reconheceu um facto evidente, de que a cidade de Jerusalém é a capital de Israel.

Enquanto se procura um canal de diálogo após a decisão de Trump, os protestos prosseguem nas ruas. Jovens palestinianos fizeram barricadas e desafiaram as forças militares israelitas lançando pedras e queimando pneus. Ergueram ainda as bandeiras da Palestina, queimando a bandeira de Israel.

A resposta surgiu com granadas de gás lacrimogéneo. Os militares tentaram fazer detenções mas os jovens palestinianos refugiaram-se rapidamente nos campos de refugiados junto ao local do protesto. Os protestos já duram há cinco dias.

c/ agências internacionais

 

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