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Petição a favor da despenalização da morte assistida junta centenas de profissionais de saúde

14-02-2020 - NA

Manuel Sobrinho Simões, Francisco George, Constantino Sakellarides, Júlio Machado Vaz e Joaquim Machado Caetano são algumas personalidades que apoiam a regulamentação da morte assistida em Portugal.

A petição destinada a profissionais de saúde já reuniu quase meio milhar de assinaturas a favor da regulamentação da morte assistida em Portugal. O tema regressa a debate no parlamento na próxima semana, com propostas do Bloco, PS, PAN e PEV, depois de ter sido chumbado  na legislatura passada por uma curta margem de votos. A configuração parlamentar saída das últimas eleições ditou a perda de lugares para os partidos que se votaram contra a regulamentação da morte assistida — PSD, CDS e PCP —, fazendo antever a aprovação da medida.

“Recusamos manter ou iniciar tratamentos inúteis e sabemos as situações em que a boa prática é deixar morrer. Conhecemos as vantagens dos cuidados paliativos, mas também os seus limites. E conhecemos, ainda, as situações em que respeitar a vontade e o sentido do doente, e o seu direito constitucional à autodeterminação, significam aceitar e praticar a antecipação da sua morte – face a um pedido informado, consciente e reiterado –, não fosse a lei considerar como crime essa atitude exclusivamente movida pela compaixão humanista”, diz o texto da petição, citado pela agência Lusa.

Para o médico Bruno Maia, um dos coordenadores do Movimento Cívico Direito a Morrer com Dignidade, esta petição surgiu também para mostrar “que os profissionais de saúde não estão unanimemente do outro lado como muitas pessoas querem fazer crer”. Bruno Maia garante que “há estudos que demonstram exatamente o oposto”. Ou seja, que “a maioria dos médicos é a favor da despenalização da morte assistida”, como prova a adesão a esta petição criada há poucas semanas.

Quanto ao argumento da falta de debate sobre esta questão, Bruno Maia diz que se trata de “um argumento de quem quer manter tudo como está”. “As pessoas procuram informação, debatem, sentem na pele” esta questão porque já se viram confrontadas pessoalmente ou através de familiares, com situações em que colocaram “a questão de antecipar a sua morte”, sublinhou o médico.

Fonte: Esquerda.net

 

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