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Quatro ministros e 50 deputados. Boris enfrenta debandada no Governo e no partido

11-10-2019 - Lusa

As negociações entre o Reino Unido e a União Europeia para o Brexit atravessam mais um impasse. Face a isto, Boris Johnson enfrenta uma debandada no Governo e no partido, com quatro ministros e 50 deputados na porta de saída.

O governo britânico está a preparar-se para uma rutura das negociações com a União Europeia relativamente ao Brexit após um telefonema com a chanceler alemã, Angela Merkel, adiantou uma fonte do governo à BBC.

Merkel terá dito que a UE só vai aceitar um acordo que mantenha a Irlanda do Norte na união aduaneira europeia, o que contraria o plano do primeiro-ministro, Boris Johnson, para resolver o impasse do Brexit.

Sem manter a província britânica alinhada com o mercado único europeu para evitar uma fronteira física na ilha da Irlanda, “ela disse que um acordo é altamente improvável“, adiantou outra fonte do governo à Sky News.

Com o receio de que Boris Johnson esteja a conduzir o Reino Unido para um Brexit sem acordo, membros do Governo e do seu partido já estarão preparados para abandonar o barco. De acordo com o The Times, a ministra da Cultura, Nicky Morgan, o ministro para a Irlanda do Norte, Julian Smith, o ministro da Justiça, Robert Buckland, o ministro da Saúde, Matt Hancock, e o procurador-geral, Geoffrey Cox, estarão de saída.

Além disso, segundo o Expresso, cerca de 50 deputados poderão renunciar caso não haja acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia.

Keir Starmer, ministro-sombra do partido trabalhista para o Brexit, acusou Johnson, dizendo que este “nunca assumirá a responsabilidade pelo seu próprio fracasso”. Segundo o jornal Público, fez ainda o apelo para que o Parlamento britânico não permita uma “saída desordenada da UE”.

“O Executivo definirá a estratégia, não funcionários não eleitos. Se esta é uma tentativa para fazer isso, falhará”, destacou um ministro britânico sobre o regresso de um Governo direto na Irlanda do Norte.

O governo britânico propôs na semana passada a criação de uma zona regulatória comum entre a Irlanda do Norte e a vizinha Irlanda para facilitar a circulação de bens agroalimentares e industriais.

Porém, o plano pressupõe que a Irlanda do Norte sai da união aduaneira europeia e fique a fazer parte de uma união aduaneira britânica quando o Reino Unido sair da UE, após o período de transição, no final de 2020.

O alinhamento com as regras do mercado comum na Irlanda do Norte teria de ser autorizado pelas autoridades autónomas da província britânica todos os quatro anos.

Através do Twitter, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, mostrou-se frustrado com a falta de progresso nas negociações.

“Boris, aquilo que está em causa não é ganhar este estúpido jogo de passa culpas. Em causa está o futuro da Europa e do Reino Unido bem como a garantia dos interesses dos nossos povos. Não quer um acordo, não quer uma extensão, não quer revogar, quo vadis?”, escreveu.

 

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