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Investimento insuficiente em Portugal determina diminuição da produtividade

20-09-2019 - Eugénio Rosa

Neste estudo com o título “INVESTIMENTO INSUFICIENTE EM PORTUGAL DETERMINA DIMINUIÇÃO DA PRODUTIVIDADE, E SERVE DE JUSTIFICAÇÃO PARA BAIXOS SALÁRIOS, NO ENTANTO ATÉ JUNHO DE 2019 FICARAM POR UTILIZAR 9.974 MILHÕES € DE FUNDOS COMUNITÁRIOS” analiso, com base em dados oficiais, a diferença cada vez maior que se se verifica no “stock de capital fixo” (investimento) por trabalhador entre Portugal e a média dos países da União Europeia, situação que se agravou com o governo de António Costa, e que em 2019 continuou (até julho de 2019, segundo dados do Ministério das Finanças, o investimento público realizado representou apenas 41,6% dos juros pagos pela divida, e no SNS o investimentos nos 7 primeiros meses de 2019 representou apenas 1,5% da despesa com aquisição de bens e serviços a privados, que é a forma atual como a privatização do SNS está também a ser feita).

E apesar do investimento ser insuficiente, o que está a impedir a modernização e inovação no país e a causar a diminuição da produtividade, mesmo assim ficaram por utilizar, dos 19.104 milhões € de fundos comunitários que estavam programados e aprovados pela Comissão Europeia a serem utilizados até junho de 2019; repetindo, deste total ficaram por utilizar 9.974 milhões,€ ou seja, 52,2%.

No entanto, existem programas comunitários vitais para o aumento da competitividade e da produtividade, e para o crescimento económico e desenvolvimento do país, em que a taxa do não executado é muito maior.

Para além de razões burocráticas para baixa taxa de execução dos programas comunitárias, existe uma outra causa que é normalmente não é referida , e que é a obsessão de reduzir o défice para zero. E isto porque a utilização dos fundos comunitários obriga o Estado português a participar com uma parcela do chamado financiamento público, que inclui o financiamento da União Europeia e do Estado português, e quanto menor for a utilização de fundos comunitários num ano, menor será a despesa pública nesse ano. É assim também que António Costa e Mário Centeno conseguem reduzir o défice, para brilhar em Bruxelas e para obter o apoio do eleitorado da direita em Portugal.

Mas o país e os portugueses sofrem com esta politica dominada pela obsessão de reduzir o défice sem olhar a meios e consequências que se constata em todas as áreas, mesmo na utilização dos fundos comunitários. Deixo isto para reflexão.

Eugénio Rosa

Economista

 

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