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Trump no 11 de Setembro: "O meu edifício voltou a ser o mais alto"

13-09-2019 - Helena Tecedeiro

Numa conversa telefónica com a televisão WWOR de New Jersey na tarde dos atentados que mataram quase 3000 pessoas nos EUA o então empresário conta como viu a explosão da sua janela e refere que o seu edifício 40 Wall Street voltou a ser o mais alto da baixa de Manhattan após a queda das Torres Gémeas.

Naquela tarde de 11 de Setembro de 2001 a WWOR de Syracuse em New Jersey continuava a passar as imagens dos aviões a embaterem nas Torres Gémeas. A América e o mundo estava em choque com um atentado que se viria a saber mais tarde fez quase 3000 mortos nos EUA. Além do World Trade Center, o centro financeiro de Nova Iorque, os terroristas da Al-Qaeda atacaram o Pentágono e os passageiros obrigaram um quarto avião a despenhar-se num campo na Pensilvânia.

Com tantas horas de emissão por preencher, alguém na WWOR lembrou-se de ligar a Donald Trump para comentar o ataque. O empresário, uma das figuras mais conhecidas de Nova Iorque atendeu logo e aceitou dar uma entrevista, recordava em Setembro de 2018 o The Washington Post.

"Ele estava nervoso", recorda Alan Marcus, porta-voz e assessor de Trump durante os anos 90 que fez a ligação entre a WWOR e o empresário.

"Tenho uma janela que dá mesmo para o World Trade Center e vi uma explosão enorme", contou Trump na entrevista, referindo-se à vista que tem da penthouse da Trump Tower. "Não queria acreditar", continuou. "Agora, estou a olhar para nada. Desapareceu. É difícil de acreditar".

Questionado pela pivô Brenda Blackmon sobre eventuais danos sofridos pelo edifício de que era dono no 40 Wall Street, Trump garante que não. Mas entretanto faz questão de sublinhar: "O 40 Wall Street era o segundo edifício mais alto da baixa de Manhattan e antes do World Trade Center era o mais alto - depois eles construíram o World Trade Center e passou a ser o segundo mais alto. E agora [o meu edifício] voltou a ser o mais alto".

Em 2018, por altura do 17.o aniversário dos ataques, Brenda Blackmon recordava aquele momento em declarações ao The Washington Post. "A minha única reacção, no meio de tudo o que estava a acontecer foi, wow, que insensível".

Na altura, a entrevista de Trump perdeu-se no fluxo de notícias daquele dia, mas ao longo dos anos seguintes foi muitas vezes vista como um momento em que o empresário comunicou algumas das suas ideias sobre segurança nacional que mais tarde iriam fazer parte das suas políticas como presidente.

Tanto como candidato como já enquanto presidente, Trump tem falado várias vezes sobre o 11 de Setembro, elogiando as forças policiais e as equipas de socorro.

Mas também já foi acusado de politizar aquele momento. Como quando num debate entre candidatos à nomeação republicana em 2016 acusou os ex-presidentes Bill Clinton e George W. Bush de terem culpas no atentado.

E em 2015 promoveu uma teoria que andava a circular segundo a qual após a queda das Torres Gémeas teria havido centenas de muçulmanos a celebrar em New Jersey. Também nesse ano, garantiu ter visto pessoas a saltar das Torres no dia dos ataques, um facto que não referiu na tal entrevista dada à WWOR.

Já esta quarta-feira, Trump assinalou no Twitter o 18.º aniversário dos atentados, com uma mensagem simples: "Nunca esqueceremos 9-11-01", acompanhada de uma foto dele e da primeira dama, Melania, de costas, diante do memorial às vítimas das Torres Gémeas.

O presidente juntou-se esta esta quarta-feira a um minuto de silêncio no relvado sul da Casa Branca, rodeado de centenas de convidados, entre os quais sobreviventes e familiares de vítimas, bem como membros das forças de segurança.

Ao início da tarde esteve no Pentágono para uma cerimónia de homenagem às 184 pessoas que há 18 anos morreram na sede do Departamento de Defesa americano. "Hoje a nação honra e chora as 3000 vidas que nos foram roubadas", afirmou Trump de manhã. Num breve discurso, recordou ter ido ao Ground Zero após os aviões embaterem nas torres. E prometeu que as vítimas - e os sobreviventes - não serão esquecidos.

O presidente aproveitou ainda para atacar os talibãs, acusando os líderes do grupo, no poder no Afeganistão em 2001 e cuja recusa em entregar Osama bin Laden aos EUA levou à guerra, de serem os culpados pelo cancelamento de um encontro previsto para estes dias em Camp David. O objectivo era cimentar a paz. Mas o encontro foi cancelado. Agora Trump promete que os EUA os irão atacar "com mais força do que nunca".

Fonte: DN.pt

 

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