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César perde a paciência com Ana Gomes: "insulta quem não lhe faz a corte"

02-08-2019 - João Pedro Henriques

Está cada vez mais azeda a "conversa" entre a ex-eurodeputada do PS Ana Gomes e o presidente do partido, Carlos César. Na origem da polémica está uma acusação de Ana Gomes ao Benfica.

Ana Gomes voltou à carga contra Carlos César - acusando-o no Twitter (ver em baixo) de "fechar aos olhos" aos crimes financeiros no futebol - e Carlos César perdeu a paciência.

Num declaração ao DN, César, presidente do partido e (ainda) do grupo parlamentar, enquadrou as declarações da ex-eurodeputada com o facto de esta ter "o hábito de insultar quem não lhe faz a corte".

"O que foi necessário neste caso aclarar é que ela podia falar em nome do PS quando era assalariada do aparelho do partido, mas agora não", prosseguiu César.

Acrescentando: "No que me toca, neste caso específico, como em qualquer outro, tenho tanto receio em falar de Luís Filipe Vieira [presidente do Benfica] como de Ana Gomes, ou seja, nenhum."

"Quanto a corrupção, seja no desporto seja noutras atividades, todos sabemos que ela existe e deve e tem que ser combatida e severamente punida. Importa, todavia, não imputar nem insinuar a prática de tais comportamentos a pessoas ou entidades em relação às quais não tenhamos provas ou não sejamos capazes de assumir as responsabilidades do que dizemos."

O folhetim entre Ana Gomes e César já se desenvolve há alguns dias e começou quando a agora ex-eurodeputada insinuou no Twitter que poderia ter havido um negócio de "lavandaria" de dinheiro quando o Benfica transferiu João Félix para o Atlético de Madrid por 126 milhões de euros (a transferência mais cara de sempre de um jogador português para um clube estrangeiro).

O Benfica ameaçou Ana Gomes com um processo judicial e exigiu ao PS que esclarecesse se esta era uma opinião do partido ou apenas da ex-eurodeputada. Numa carta dirigida ao presidente do PS, e com data de 11 de julho, o presidente do clube, Luís Filipe Vieira, escreveu: "Vimos solicitar a V. Exa. que o PS, com a brevidade possível, e através da sua Direção, esclareça de forma a não subsistirem publicamente quaisquer potenciais equívocos, se as declarações proferidas por Ana Gomes refletem a opinião do partido ou se, ao invés, tais declarações não merecem senão rejeição e repúdio por parte do partido".

César respondeu por escrito dizendo no essencial duas coisas: a opinião de Ana Gomes representava-a apenas a ela, não "vinculando" o partido; e o PS não tinha nenhuma opinião sobre a transferência de João Félix.

Mas Ana Gomes não se ficou. "Sendo socialista, e não apparatchik, não abdico de dar uso à minha cabeça... Já César, usa o q pode face a Vieira: a César, o q é de César. E viva o Partido Socialista", escreveu, mais uma vez no Twitter.

No domingo voltou à carga divulgando um relatório da Comissão Europeia que fala no uso de clubes de futebol para operações de branqueamento de capitais e associou Carlos César a "todos os que fecham os olhos" a estas suspeitas.

Farto da conversa, o presidente do PS, qualificado de "aparatchik" por Ana Gomes, recorda agora à ex-eurodeputada que ela própria foi em tempos "assalariada do aparelho do partido" (no tempo em que integrava a direção do partido liderada por Ferro Rodrigues, de 2002 a 2004).

Ana Gomes, jurista e diplomata de carreira, foi eurodeputada do PS entre 2004 e 2019. Carlos César já declarou que nas próximas legislativas não será recandidato a deputado.

Fonte: JN.pt

 

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