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Bruxelas: Fundos europeus seguram crescimento da economia portuguesa

12-07-2019 - Ana Margarida Pinheiro

Comissão Europeia apresenta um enquadramento menos optimista para a economia nacional, mas mantém a previsão. A zona euro cresce menos em 2020.

A Comissão Europeia admite que o crescimento da economia portuguesa deverá “abrandar de forma marginal” ao longo dos próximos anos, refletindo um ambiente externo menos favorável. Mas não revê as metas. Contrariamente ao que espera para a Zona Euro, nas suas previsões de Verão, Bruxelas mantém as estimativas para Portugal, e diz que o PIB nacional vai avançar 1,7% em 2019 e 2020, suportado no investimento “mantido pela absorção do ciclo de fundos da UE”. Mário Centeno prevê mais: 1,9%.

“O crescimento do PIB vai abrandar de forma marginal durante o horizonte da projeção devido a um ambiente externo menos favorável. O crescimento do consumo privado também deverá abrandar, enquanto o investimento deverá acelerar, devido maioritariamente à absorção dos fundos da UE”, refere o documento libertado esta quarta-feira.

De forma geral, diz a Comissão Europeia, o enquadramento é menos otimista. Há “maior volatilidade na produção industrial e na balança comercial”, numa altura em que a Europa está a braços com vários impasses internacionais, nomeadamente, a relação económica entre EUA e China.

Bruxelas assume que a inflação se irá manter significativamente abaixo da média da UE, abrandando do valor de 0,7% obtido em junho. E realça que o impacto da inflação está a ser amortecido pelo petróleo barato e pelo valor reduzido dos transportes públicos. O aumento salarial, adianta ainda o coletivo europeu, é superior à inflação, mas o seu impacto na procura também é amortecido pelo abrandamento do mercado de trabalho.

Em relação aos preços, Bruxelas faz ainda nota à habitação. “O aumento gradual da oferta de casas deverá contribuir para uma moderação dos preços da habitação, mas o ritmo de ajustamento será lento”.

A Comissão Europeia espera para 2019 o sétimo ano consecutivo de crescimento “com todas as economias dos Estados-membros a avançarem”. Aponta-se, assim, para 1,4% em 2019 e 1,6% em 2020, tal como já se antecipava na Primavera.

Na zona euro, o crescimento para este ano está apontado para 1,2% mas, em 2020, a economia do euro não deverá crescer mais de 1,4% – antes apontava-se para 1,5%. Valdis Dombrovskis, vice-presidente do euro, diz que o crescimento será mais robusto na Europa Central e de Leste, “que contrasta com um abrandamento na Alemanha e Itália”.

“As perspetivas a curto prazo para a economia europeia são incertas devido a fatores externos, incluindo a grande incerteza política e as tensões comerciais à escala mundial. Estes fatores têm continuado a afetar a confiança do setor da indústria transformadora, que é o setor com maior exposição ao comércio internacional, devendo assim enfraquecer as perspetivas de crescimento para o resto do ano”, refere Bruxelas.

A Comissão Europeia não esconde receio em relação aos efeitos “da confrontação económica entre EUA e China” que, articulada com uma incerteza em torno da política comercial norte-americana “poderá prolongar a desaceleração do comércio internacional e da indústria”.

“A resiliência das nossas economias está a ser posta à prova pela persistência das deficiências no setor da indústria transformadora que se têm feito sentir na sequência das tensões comerciais e da incerteza política. A nível interno, um Brexit sem acordo continua a ser uma importante fonte de risco”, diz Dombrovkis.

A Comissão Europeia publica quatro previsões económicas por ano. As previsões publicadas no inverno e no verão abrangem apenas o PIB e a inflação anuais e trimestrais para o ano em curso e para o ano subsequente em toda a região.

Fonte: Dinheiro Vivo

 

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