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Portugal vai precisar de renovar 50% da classe docente na próxima década

21-06-2019 - AbrilAbril

A falta de renovação do corpo docente no País é cada vez mais evidente, conforme os alertas sindicais. A OCDE afirma que um em cada dois professores terá de ser substituído na próxima década.

Segundo o mais recente documento extraído do TALIS 2018, o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) dedicado aos professores e às escolas, os professores portugueses têm em média 49 anos, mais cinco que mais cinco que os 44 em média nos países da OCDE que participaram.

O nível de envelhecimento da classe docente, uma das batalhas dos sindicatos em Portugal, é notório também nas comparações internacionais: o relatório indica que quase metade dos professores portugueses (47%) tem 50 anos ou mais, contra a média de 34% da OCDE.

«Isto significa que Portugal terá que renovar um em cada dois professores ao longo da próxima década», aponta o relatório.

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof/CGTP-IN) tem alertado há vários anos para a necessidade de dar uma resposta ao crescente envelhecimento do corpo docente, frisando que esta é indissociável de décadas de sucessivos ataques por parte de vários governos, o que tem afastado os jovens desta profissão.

No ano passado, a Fenprof realizou várias acções, como a recente entrega em massa dos pedidos de pré-reforma, com vista a sensibilizar para a necessidade de renovar o corpo docente e permitir a entrada de professores jovens no sistema de ensino. «Até ao nível do erário público, não faz sentido obrigar todos a continuar nas escolas, porque têm mais problemas de saúde, mais baixas médicas e estão em escalões mais altos», afirmou à altura Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof.

Apesar dos dados mais recentes, relativos aos últimos concursos nacionais de acesso ao Ensino Superior, mostrarem um desinteresse cada vez maior pelos cursos de educação que prestam formação específica para ensinar, 84% dos professores portugueses ouvidos no TALIS indicaram que a carreira no ensino foi a sua primeira escolha, muito acima da média de 67% da OCDE.

Os docentes portugueses afirmam que a maior motivação para a escolha da profissão foi a possibilidade de influenciar o desenvolvimento das crianças e o contributo que tal traz para o progresso da sociedade.

 

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