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Saúde dos doentes deve passar a afetar o financiamento dos hospitais

10-05-2019 - Nuno Guedes

Bastonários, ex-ministros e médicos querem dar aos doentes o poder para mudar o financiamento dos hospitais.

Os bastonários das Ordens dos Médicos, Enfermeiros e Farmacêuticos, mas também três antigos ministros da saúde, administradores hospitalares, associações de doentes e sociedades médicas assinam, esta sexta-feira, um documento que pede mudanças na avaliação dos cuidados de saúde e no financiamento dos hospitais e centros de saúde.

O chamado Compromisso Nacional por uma Agenda de Valor em Saúde é impulsionado pela Universidade Nova de Lisboa e pelo seu vice-reitor, o cirurgião José Fragata.

A meta é que os principais prestadores de saúde implementem nos serviços, até 2021, um sistema de monitorização da qualidade dos cuidados de saúde tendo em conta as necessidades dos doentes, mas também os resultados efetivos na sua saúde, nomeadamente os percecionados e reportados por quem é tratado.

Parecendo complicado, José Fragata defende que é um conceito relativamente simples e não é uma medida economicista.

Hoje, o financiamento da saúde é feito essencialmente por número de procedimentos (consultas, cirurgias ou tempo de internamento), mas o objetivo é que se passe a ter em conta a qualidade e se os doentes foram bem tratados e os resultados que alcançaram, algo que deverá ser medida tendo em conta, também, a opinião dos próprios.

Para medir os resultados os serviços de saúde têm de passar a avaliar a mortalidade, as complicações, mas também a qualidade de vida dos doentes tendo em conta o que estes dizem que passou a ser a sua vida depois dos tratamentos.

O cirurgião sublinha que não estamos a falar de um modelo teórico, pois já é aplicado nos Estados Unidos da América e em alguns projetos-piloto em Portugal.

O presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares é uma das dezenas de pessoas da área da Saúde que irão assinar os objetivos promovidos pela Universidade Nova.

Alexandre Lourenço diz que é fundamental passar a ouvir os doentes para perceber os resultados que se alcançam com cada tratamento e não apenas olhar para os números de produção clínica de cada hospital.

Fonte: TSF

 

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