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Brexit divide Governo britânico. Uma onda de demissões no gabinete de May

16-11-2018 - Carolina Rico com Lusa

Ontem foi um dia de demissões em massa no governo britânico. A vida de Theresa May está cada vez mais complicada.

O ministro britânico para o Brexit Dominic Raab e a ministra do Trabalho e Pensões britânica Esther McVeyo demitiram-se ontem quinta-feira em desacordo com o projeto de acordo entre o Reino Unido e a União Europeia.

Também o ministro junior para a Irlanda do Norte Shailesh Vara, a ministra júnior para o Brexit Suella Braverman e a ministra-adjunta da Educação Anne-Marie Trevelyan anunciaram a saída.

No Twitter, Dominic Raab partilhou a carta de demissão enviada à primeira-ministra britânica. "Não posso em boa consciência aceitar os termos da proposta de acordo com a União Europeia", escreveu.

Raab diz ter essencialmente duas razões para rejeitar o acordo: por um lado entende que "o regime regulatório proposto para a Irlanda do Norte representa uma ameaça real à integridade do Reino Unido", e por outro, porque não pode aceitar a cláusula de segurança para evitar que uma fronteira na Irlanda "seja indefinida" e que a União Europeia "tenha direito de veto" sobre a capacidade do Reino Unido em rescindi-la".

Depois destas demissões a libra esterlina deu um enorme tombo na bolsa face ao euro e ao dólar.

A primeira-ministra britânica esclareceu que o rascunho do acordo para o Brexit aprovado na quarta-feira "não é o acordo final", mas é do interesse nacional e permite sair da UE "de forma suave e ordeira".

"O que nós concordámos não foi o acordo final. É um rascunho de um tratado. Significa que vamos deixar a UE de uma forma suave e ordenada e define a estrutura para um relacionamento futuro que garante o interesse nacional", vincou Theresa May.

O Governo britânico aprovou na quarta-feira o rascunho de acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia , um documento de cerca de 500 páginas que abrange questões como a compensação financeira devida pela saída, cerca de 39 mil milhões de libras (45 mil milhões de euros) e os direitos dos cidadãos europeus no Reino Unido e dos britânicos na Europa.

Estabelece os trâmites legais que vão regular as relações entre Reino Unido e 27 depois do Brexit, nomeadamente durante o período de transição, que está previsto durar até ao final de dezembro de 2020.

Estipula também o futuro estatuto de Gibraltar, o território britânico no extremo da Península Ibérica que Espanha reivindica, e das bases militares britânicas no Chipre.

Por fim, vai definir um procedimento para garantir que a futura fronteira na província britânica da Irlanda do Norte com a República da Irlanda, Estado membro da União Europeia, continua a funcionar sem controlos sobre a circulação de pessoas, serviços ou mercadorias.

Esta questão foi considerada importante pelas duas partes devido ao risco de violar os acordos de paz de 1998 para a Irlanda do Norte, que pôs fim a um conflito de décadas entre republicanos católicos e unionistas protestantes.

Esta quinta-feira, o presidente do Conselho Europeu anunciou que prevê convocar uma cimeira extraordinária de líderes da União Europeia a 27 para dia 25 de novembro, para "finalizar e formalizar o acordo de Brexit".

Fonte: TSF.pt

 

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