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Menos vagas em Lisboa e Porto no acesso ao ensino superior

20-07-2018 - RTP

Estão abertas as candidaturas ao ensino superior. O Governo divulgou nas últimas horas a lista com mais de 51 mil vagas. Decresce em 1066 o número de lugares nos dois maiores centros urbanos do país.

Por comparação com 2017, Coimbra é o distrito que mais vagas ganha, seguindo-se Braga e Aveiro.

Com esta distribuição, o Executivo espera corrigir as desigualdades entre universidades e politécnicos do país e descentralizar. Ainda assim, o litoral continua a ganhar ao interior.

Pelo terceiro ano consecutivo, o concurso acarreta um aumento do número de vagas, embora ténue. Os dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior apontam 50.852 vagas em universidades e institutos politécnicos do Estado, o que se traduz por um acréscimo de 0,2 por cento relativamente a 2017.

A estas 50.852 vagas somam-se 708 de regimes especiais e concursos locais, para um conjunto final de 51.560 lugares.

“Contudo, tendo em vista a correção dos desequilíbrios territoriais na evolução recente do ensino superior público em Portugal, a distribuição de vagas inclui um aumento de 1080 vagas nas instituições localizadas fora de Lisboa e Porto e a redução de 1066 vagas nestas instituições de Lisboa e Porto”, lê-se numa nota do mesmo Ministério.

“Entre 2001 e 2017 o número de vagas iniciais atribuídas a instituições de ensino superior públicas sediadas no distrito de Lisboa e Porto no âmbito do concurso nacional de acesso aumentaram 31 por cento (aumento de 5266 vagas) enquanto foram reduzidas nove por cento nas restantes instituições do país (redução de 2657 vagas)”, assinala o texto.

Os candidatos têm agora disponíveis 1068 cursos, desde licenciaturas e mestrados integrados.  

As candidaturas à primeira fase do concurso nacional de acesso podem ser apresentadas a partir desta quarta-feira, através do   portal da Direção-Geral do Ensino Superior . O prazo esgota-se a 7 de agosto.

Os resultados serão conhecidos a 10 de setembro, também no  site  da Direção-Geral do Ensino Superior. Haverá depois lugar a uma segunda e a uma terceira fases.  

Cortes em Lisboa e Porto

Obrigados a reduzir cinco por cento da oferta, os institutos politécnicos e as universidades de Lisboa e Porto apresentam este ano, para a maioria dos cursos, reduções de menos de uma dezena de vagas. Todavia, como observa a agência Lusa, o curso diurno de Direito da Universidade de Lisboa sofreu um corte de mais de 100 lugares.

O curso diurno de Direito da Universidade de Lisboa, que no ano passado disponibilizava 560 vagas, passa a ter 445, ou seja, menos 115 vagas. Por outro lado a instituição tem um curso em regime pós-laboral com 86 vagas, o que acaba por contrabalançar a perda.

Dos 316 cursos das duas maiores cidades do país que, na primeira fase do concurso nacional de acesso, tiveram um total de colocados acima de 95 por cento - e que ”na prática serão os atingidos pela medida”, segundo o comunicado do Governo -, 41 escapam ao corte de vagas.

Desde logo Medicina e outros domínios tidos como prioritários, nomeadamente Tecnologias de Informação e Comunicação, Eletrónica e Física.

“Dos 275 cursos que poderão ter redução de vagas, 85 não têm ofertas similares no ensino privado na mesma cidade o que limita a temida deslocação  massiva  para o ensino privado”, enfatiza a tutela.

Coimbra, Braga, Aveiro e Castelo Branco estão entre os distritos que veem as vagas aumentar em centenas. Ainda assim, de acordo com os dados do Governo, a Universidade de Évora é, em termos percentuais, a instituição com o crescimento de vagas mais pronunciado, de oito por cento. Segue-se o politécnico de Coimbra.

Em linha com o objetivo da promoção de áreas relacionadas com as Tecnologias de Informação Comunicação e Eletrónica, que a tutela enquadra na chamada Iniciativa Nacional Competências Digitais, verifica-se, neste domínio, um aumento de 4,5 por cento no bolo total de vagas. No interior do país, a subida é de 11,6 por cento.

Regista-se também um acréscimo de 3,3 por cento no número de vagas para cursos de Física. Outro aumento que ganha relevo acontece em Engenharia: mais duas centenas de lugares em 2018, por comparação com o ano passado.

 

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