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Trump reforça artilharia protecionista apontada à China e Pequim retalia

13-07-2018 - Carlos Santos Neves

O braço económico da Administração norte-americana acentuou nas últimas horas a linha protecionista da sua política comercial, ao desenhar uma lista adicional de produtos chineses sujeitos a tarifas aduaneiras agravadas a partir de setembro. Em causa estão importações num montante de 200 mil milhões de dólares. “Totalmente inaceitável”, responde Pequim, que já acena com “contramedidas”.

Nesta fase, o bolo das importações da China debaixo da ameaça das tarifas da Administração Trump ascende a 250 mil milhões de dólares - aos 34 mil milhões de dólares inicialmente aventados somaram-se 16 mil milhões; na terça-feira foram adicionados 200 mil milhões, o equivalente a 170 mil milhões de euros.

E o teto não ficará por aqui, tendo em conta que o Presidente dos Estados Unidos já ameaçou fazer subir a fasquia e aplicar taxas sobre produtos comprados à segunda maior economia mundial num valor acima dos 400 mil milhões de dólares.

Outra frente em curso do conflito comercial é a das taxas aplicadas às importações de alumínio e de aço, de dez e 25 por cento, respetivamente, que abrangem não só a China como outros parceiros comerciais da América.

O intrincado processo político-legislativo de Washington dita que as novas tarifas aduaneiras – de dez por cento sobre os produtos elencados - só possam começar a ser aplicadas a partir de setembro.

“Durante mais de um ano, a Administração Trump pediu pacientemente à China que pusesse fim às suas práticas desleais, que abrisse os seus mercados e se entregasse a uma concorrência baseada nas forças do mercado”, afirmava na terça-feira o representante para o Comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer.

“Infelizmente, a China não mudou o comportamento”, acrescentaria o responsável, para insistir na ideia de que as práticas comerciais de Pequim constituem uma “ameaça ao futuro da economia americana”.

“Ao invés de responder às nossas preocupações legítimas, a China começou a tomar medidas de retaliação contra produtos americanos. Tais ações são injustificáveis”, argumentou ainda Lighthizer. 

“Inaceitável”

A atual Administração norte-americana acusa, em concreto, o Governo de Pequim de “transferências forçadas de tecnologias”, ao obrigar as entidades empresariais dos Estados Unidos que pretendam vender os seus produtos no mercado chinês a procurar parceiros locais. “Roubo” é mesmo um dos termos empregues pela Casa Branca de Donald Trump.

Até ao final do verão, por via de um conjunto de audições com representantes do tecido empresarial em causa, o Departamento do Comércio norte-americano vai fazer contas ao impacto das tarifas adicionais, que abarcarão produtos como peixes, pneus, queijos, papel e químicos.

Pequim respondeu esta quarta-feira ao redobrar da marcha protecionista norte-americana. Advertiu, como no passado recente, para a inevitabilidade de medidas proporcionais de retaliação.  

Em comunicado, o Ministério do Comércio da China avaliou como “totalmente inaceitável” a postura assumida pelo representante para o Comércio dos Estados Unidos e denunciou o que considerou ser um “comportamento irracional” por parte da superpotência.

“A atitude dos Estados Unidos prejudica a China, o mundo e eles próprios. Este comportamento irracional não pode ter apoio”, escreveu o Ministério chinês, que promete expor a “conduta unilateral” de Washington à Organização Mundial do Comércio.

A anteceder este comunicado, o vice-ministro chinês do Comércio, Li Chenggang, acusara Trump de pretender “destruir” as relações comerciais entre os dois países.

Fonte: RTP

 

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