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Vinci continua a espremer aeroportos nacionais

13-07-2018 - Abril Abril

A Vinci, dona da ANA, decidiu aumentar as taxas aeroportuárias em Lisboa e no Porto no final do ano. Desde a privatização, aumentos chegaram a 167%, os lucros subiram e o investimento caiu para metade.

A comissão executiva da ANA – Aeroportos decidiu aumentar algumas das taxas aeroportuárias em Lisboa e no Porto em 1,63% e 1,01%, respectivamente, noticia hoje o  Jornal de Negócios .

De acordo com o jornal, a empresa comprada pela transnacional Vinci, que venceu o processo de privatização promovido pelo anterior governo, sustenta a subida, que estará em vigor em Novembro e Dezembro, com uma subida no número de passageiros em relação à estimativa inicial. Ou seja, como há mais passageiros nos aeroportos de Lisboa e do Porto, a empresa aproveita para carregar ainda mais nas taxas.

Este aumento vem somar-se a sucessivas subidas desde 2011, o último ano em que a ANA esteve nas mãos do Estado. No caso das taxas para passageiros em trânsito, a subida foi de cerca de 28%, enquanto que para passageiros de origem ou destino esse valor oscila entre os 55% e 117%. No entanto, há outras taxas com aumentos superiores, chegando aos 167% o valor mínimo por aterragem.

Lucros engordam à custa dos aeroportos nacionais

A subida das taxas aeroportuárias, não sendo a única razão, ajuda a explicar a subida fulgorosa dos lucros da Vinci com a ANA. No ano passado, o valor superou os 310 milhões de euros, enquanto em 2011 e 2012 se ficou pelos 120 milhões de euros.

No reverso, assistiu-se a cortes brutais no investimento. Nos dez anos anteriores à privatização, a média anual de investimento foi de 114 milhões de euros; nos últimos quatro, ficou-se pelos 57 milhões.

O crescimento da actividade aeroportuária nos últimos anos também ajudou, mas os méritos estão longe de caber à Vinci: a tendência de subida acentuada já era visível até 2008, início da crise estrutural da economia global, e o crescimento do turismo teve muito mais que ver com as agressões e operações de desestabilização no Médio Oriente e no Norte de África.

Entre 2012 e 2017, o número de passageiros aumentou quase 70% e os lucros subiram 361%; já o número de trabalhadores cresceu apenas 7,5%, ao mesmo tempo que o horário de funcionamento do Aeroporto de Lisboa foi sucessivamente alargado.

 

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