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Depois do Galpgate, a Huawei: Ministério Público à procura de corrupção no PSD

04-08-2017 - Lusa

O Ministério Público está “a recolher elementos com vista à análise sobre eventual providência a tomar” no caso das viagens pagas a políticos pela chinesa Huawei, confirmou fonte da Procuradoria-Geral da República.

A notícia foi avançada pelo Observador, que dá conta de viagens de vários políticos, entre eles Sérgio Azevedo, que viajaram a convite da empresa Huawei, e de ajustes diretos de mais um milhão de euros feitos por três juntas de freguesia do PSD que chegaram à justiça.

Segundo o jornal, a Procuradoria-Geral da República confirmou que “o Ministério Público se encontra a recolher elementos com vista à análise sobre eventual providência a tomar” nestes dois casos.

O Ministério Público encontra-se então em fase de recolha de elementos e informação para decidir se abre ou não inquérito judicial, à semelhança do que aconteceu com o caso Galpgate, que conta já com três arguidos. A notícia surge um ano e meio depois da polémica com as viagens ao Euro 2016 pagas pela Galp.

Sérgio Azevedo, deputado e vice-presidente da bancada do PSD, Ângelo Pereira, vereador do PSD na Câmara de Oeiras e candidato às autárquicas, e Luís Newton, presidente da Junta de Freguesia da Estrela, também do PSD, fizeram uma viagem à China, com duração de cinco dias, com estadia e voos pagos pela empresa de telecomunicações.

Ao Observador, os três admitiram que tinham feito a viagem, que aconteceu em fevereiro de 2015, e que tinha sido a Huawei a pagar.

No entanto, Sérgio Azevedo já veio a público esclarecer que viajou a convite da Huawei, mas não enquanto deputado. Na nota enviada à Lusa, o vice-presidente da bancada do PSD, refere que “após ter prestado esclarecimentos a Passos Coelho“, cumpre-lhe “esclarecer publicamente o âmbito da participação numa viagem às instalações da Huawei, em Shenzen, na República Popular da China, ocorrida em fevereiro de 2015”.

Sérgio Azevedo adiantou que a participação nesta viagem não se realizou sob as funções que desempenha como deputado à Assembleia da República Portuguesa, “não tendo, por isso, sido efetuada sob o pretexto de missão oficial ou missão parlamentar“.

Um dos outros casos noticiados está relacionado com alguns dos atos de gestão de três Juntas de Freguesia lideradas pelo PSD no concelho de Lisboa que – entre avenças e contratos atribuídos por ajuste direto a empresas de militantes do partido – gastaram, no total, mais de um milhão de euros desde o início do mandato.

Em causa estão atos como adjudicar o tratamento de jardins de Lisboa a uma empresa com sede em Barcelos de um “amigo” do partido por 13.530 euros/mês, contratar a prima para coordenadora da área que se tutela na junta, ligar a um amigo para montar um gabinete de comunicação porque é mais rápido, não publicitar ajustes diretos de centenas de milhares de euro ou contratar a empresa do presidente do seu núcleo no partido, do qual o próprio é o vice-presidente.

 

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