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“Precisamos de justiça fiscal e não de medidas simbólicas”

21-04-2017 - Esquerda.net

Catarina Martins defende reintrodução de 9 escalões no IRS, atualmente são 5, uma medida que “responde às necessidades do país”. Em Braga, a coordenadora bloquista apelou ainda ao reforço do orçamento da cultura.

A coordenadora do Bloco de Esquerda, acompanhada pelo deputado Pedro Soares, visitou, esta terça-feira, o Mosteiro de Tibães, em Braga, onde defendeu “um compromisso para o reforço da Cultura”, com um “orçamento decente”, que permita preservar o “património e a memória” do país.

Catarina Martins adiantou ainda que o Bloco espera que o Orçamento do Estado para 2018 dê um “sinal nesse sentido”, defendendo que o país deve caminhar no sentido de voltar a investir 1% do PIB na Cultura.

"O orçamento para a Cultura tem ficado muito aquém e se não há, neste momento, capacidade de responder, estaremos daqui a uns anos a chorar sobre o leite derramado porque o que perdemos agora já não iremos mais recuperar", defendeu

"O alerta que deixamos é que este é o momento de garantir autonomia às instituições do património. Não tem nenhum sentido que quem aqui [no Mosteiro de Tibães] trabalha todos os dias tenha que pedir autorização à direção-geral para comprar detergente para a limpeza".

"O Bloco de Esquerda tem dito, e não é uma opinião do Bloco, é uma meta que do ponto de vista dos países europeus tem sido considerada a correta, de que o orçamento da Cultura deve ser 1% do PIB do país, estamos muito longe disso", apontou, lembrando que a verba para a Cultura está em 0,1% (retirando o estipulado para a rádio e televisão publicas).

"Nós sabemos que não podemos de um dia para o outro ter 1% [do PIB] para a Cultura mas precisamos seguramente de começar a aumentar esse orçamento e de fazer esse compromisso".

A coordenadora do Bloco congratulou-se pelo Governo ter abandonado a ideia do crédito fiscal, sublinhando que este percebeu que o que "responde às necessidades" do país é o aumento do número de escalões de IRS.

"Ainda bem que o Governo abandonou a ideia do crédito fiscal e percebeu que o que responde às necessidades do país é mais escalões de IRS, essa é a forma justa, nós precisamos de justiça fiscal e não de medidas simbólicas", afirmou Catarina Martins.

A coordenadora do Bloco de Esquerda comentava uma notícia divulgada pelo Público onde é referido que o Governo liderado por António Costa terá desistido da ideia de aplicar 200 milhões de euros num crédito fiscal para os mais pobres e destinar aquela verba para fazer face ao impacto de uma eventual alteração nos escalões do IRS.

Questionada pelos jornalistas sobre o projeto de resolução do CDS sobre o Programa de Estabilidade, Catarina Martins respondeu que “tinha todo o prazer em discutir as propostas alternativas do CDS, acontece que o próprio CDS disse que as propostas alternativas não eram para levar a sério”, porque, defendeu a bloquista “o projeto era só para causar incómodo ao Bloco de Esquerda”.

Assegurando que a resolução do CDS-PP “não causa nenhum incómodo”, Catarina Martins sublinhou que o Programa de Estabilidade é uma responsabilidade do Governo.

“Cá estamos para negociar o Orçamento do Estado porque esse sim, fará diferença na vida das pessoas", vincou.

 

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