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Ban Ki-Moon quer uma mulher na ONU e Portugal não gostou nada

19-08-2016 - BZR

O secretário-geral das Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, disse esta terça-feira que “está na hora” de uma mulher assumir o cargo quando o seu mandato chegar ao fim. O Governo português não reagiu bem a esta declaração.

“Temos muitas mulheres distintas e eminentes em governos nacionais e outras organizações, ou até em comunidades empresariais, políticas, culturais e em todos os aspetos das nossas vidas. Não há razão para não haver nas Nações Unidas”, declarou Ban Ki-Moon.

Sem citar nomes, o secretário-geral da ONU disse que há “líderes motivadas que podem realmente   mudar o mundo ”, mas deixou claro que “isso é uma decisão dos Estados membros”.

Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, afirmou ao Diário de Notícias que “como o próprio disse,   não compete ao secretário-geral em funções escolher o próximo “.

Santos Silva recordou a entrevista realizada pelo Expresso a Ban Ki-Moon, em maio, na qual o dirigente não quis responder à pergunta sobre se Guterres teria boas possibilidades de atingir o cargo.

O secretário-geral da ONU sublinhou, na altura, a necessidade de “ ser neutral e imparcial ” neste processo, mostrando-se “confiante no novo processo de escolha” do sucessor.

Mas o ministro dos Negócios Estrangeiros não foi o único a expressar a sua indignação sobre a opinião do atual líder da ONU.

“ É uma declaração infeliz   e que jamais deveria ser proferida por alguém que deveria ser imparcial e manter a neutralidade, e muito menos num momento como este em que já estamos nesta fase avançada da votação”, expressou o embaixador Francisco Seixas da Costa.

A ex-deputada do PSD e especialista nas questões da ONU,   Mónica Ferro , defende que Ban Ki-Moon tem toda a legitimidade para promover a igualdade entre géneros nas nomeações da organização, “mas teve dez anos para o fazer e não o fez”.

Para a especialista, Ban Ki-moon podia “ ter nomeado para vice-secretário-geral uma mulher “.

A carta da ONU foi o primeiro tratado internacional que declarou a igualdade entre homens e mulheres, mas a organização nunca teve uma mulher à frente – em 70 anos, foram oito homens a ocupar o lugar de secretário-geral.

Para suceder ao cargo de secretário-geral da ONU estão a concorrer 11 candidatos – seis homens e cinco mulheres.

O actual favorito é António Guterres , ex-Primeiro-Ministro de Portugal, que foi até 2015 o Alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados.

 

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