Costa insiste que Galpgate está encerrado e recusa demissões
12-08-2016 - Lusa
António Costa falou pela primeira vez sobre o já chamado GalpGate, o caso dos secretários de Estado que foram ver jogos do Euro 2016 a expensas da Galp, para sublinhar que o assunto está “devidamente encerrado” e que tem plena confiança nos membros do seu governo.
“É um assunto que está devidamente encerrado”, afirmou o primeiro-ministro, quando questionado sobre o caso que envolveu os secretários de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, da Indústria, João Vasconcelos, e da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira.
António Costa, que falava aos jornalistas no final de uma reunião na Autoridade Nacional de Protecção Civil, em Carnaxide, Oeiras, foi ainda interrogado se mantém a confiança política nos três elementos do executivo, após vários pedidos de demissão dos mesmos, nomeadamente de Freitas do Amaral .
“Por natureza, todos os membros do Governo têm permanentemente os lugares à disposição do primeiro-ministro, se estão em funções é porque têm a confiança do primeiro-ministro “, sublinhou porém Costa, afastando a possibilidade de demitir os três Secretários de Estado.
A semana passada, quando António Costa estava de férias, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva , tinha dito que o caso das viagens de membros do Governo pagas pela Galp, para assistir a jogos do Euro 2016, em França, ficava “encerrado” depois de os envolvidos terem decidido reembolsar a empresa de energia pelas despesas efectuadas .
Na ocasião, Augusto Santos Silva anunciou também que este Verão o Conselho de Ministros vai aprovar um código de conduta que vincule os membros do Governo e altos dirigentes da administração pública sob tutela do executivo, no sentido de reforçar a norma actual, “de forma a que ela se torne taxativa e, portanto, em relação à qual o seu cumprimento não ofereça quaisquer dúvidas”.
A actual lei diz que, havendo uma proibição geral de aceitação ou entrega de ofertas, “há gestos de cortesia que são aceitáveis por razões que têm a ver com os usos e costumes ou com a adequação social”, lembrou o ministro.
Com o novo código de conduta, considerou então o ministro, ficava “encerrado” o caso .
ZAP / Lusa
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