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O primeiro dia do resto da vida do PSD aproxima-se. As prioridades estão definidas, a equipa nem por isso

01-07-2022 - Zap

Ao longo dos últimos meses, Luís Montenegro contou com o apoio de figuras de peso do PSD. Uma situação que teve de gerir “com pinças” na escolha dos ocupantes dos novos órgãos internos, de forma a não ferir suscetibilidades.

Após anos de indecisão no que toca à liderança social-democrata, o partido tem em perspetiva, finalmente, um período de  tranquilidade e coesão  que será protagonizado por  Luís Montenegro  — que se prepara para assumir funções plenas este fim de semana, no congresso do partido. A equipa que o irá acompanhar ainda  não é conhecida publicamente , mas os objetivos que a cumprir estão há muito definidos, com as táticas a serem sugeridas logo pelas  distritais .

Em declarações ao jornal Público Ângelo Pereira , líder da distrital de Lisboa, foi claro quanto ao caminho a seguir pela nova direção. “É a  oposição ao Governo , que não foi feita nos últimos anos, e apresentar-se como alternativa ao PS.” Já em relação às eleições europeias, as próximas que se vislumbram no horizonte, diz que “ainda há  muito tempo”.

Já  Paulo Ribeiro , líder da distrital de Setúbal, não desvaloriza a importância das europeias, preferindo incluí-las num grupo onde estão também autárquicas e legislativas. Na opinião do responsável, é nestas “ três frentes ” que o novo líder tem de “jogar”, assim como “avaliar o resultado do trabalho” dos eurodeputados. Apesar do foco nas eleições, após ciclos de maus resultados, Paulo Ribeiro estabelece ainda  outra prioridade : “recuperar o PSD do  estado comatoso  em que foi deixado pela anterior liderança”.

Paulo Cunha , em declarações ao mesmo jornal, diz que o partido tem de comunicar a mensagem de que “as pessoas  não estão condenadas a este Governo “, pelo que uma boa preparação para as eleições locais e, consequentemente, os bons resultados serão um caminho natural. Como tal, perspetiva a reunião deste fim de semana como o “ começo da viragem do PSD “.

O foco nas autárquicas é, naturalmente, uma das prioridades mais destacas pelos autarcas, nomeadamente  Emídio Sousa , responsável pela distrital de Aveiro, ou Pedro Alves, de Viseu. Simultaneamente, há quem apele a uma organização “ da casa ” antes de haver uma delineação da estratégia para qualquer eleição, especialmente as europeias.

Cristovão Norte , antigo deputado social-democrata e reeleito presidente do PSD-Algarve em novembro, estabelece que o caminho do partido deve passar por fazer uma “ oposição credível, afirmativa e liderante “, mas também a “reoganização do PSD para que deixe de ser um partido feio e desinteressante” “O PSD não pode em momento algum, em seu prejuízo ou em prejuízo do país, primar pela ausência polílita e pela incapacidade de liderar a oposição. Essa tarefa é primordial para o presidente do partido. ”

Dream team  mantida em segredo

A poucas horas do início do congresso, pouco se sabe sobre a equipa de Luís Montenegro, para além de que o novo líder contou com uma  boa base  de recrutamento, atendendo ao forte apoio que reuniu durante a sua campanha interna. Ainda segundo o jornal Público, a escolha de manter os nomes que constituem a equipa em segredo teve como objetivo  evitar perturbações  no pré-congresso e deixar que Rui Rio tivesse um fim de mandato tranquilo.

Uma das principais dúvidas em torno da equipa do novo líder tem que ver com a liderança parlamentar, já que a saída de  Paulo Mota Pinto  do cargo é tida como certa entre os mais próximos de Montenegro, mas não fora desse grupo, o que fez de um assunto um tabu. Ainda assim, Mota Pinto deverá  presidir à mesa do congresso  e conduzir os trabalhos até que a sua substituição seja oficializada.

Como eventuais sucessores perfila-se  Joaquim Miranda Sarmento , atual responsável pelo Conselho Estratégico Nacional do partido — apesar de ter um perfil mais técnico e menos político, uma característica que a equipa de Montenegro considera ultrapassável a curto prazo.  Hugo Soares , aliado de longa data de Luís Montenegro,  deverá assumir o cargo de secretário-geral, ao passo que  Pedro Alves , líder da distrital de Viseu, será o coordenador autárquico do partido.

Para o atual cargo de Joaquim Miranda Sarmento, o nome mais falado é o de  Pedro Duarte , atualmente a trabalhar no setor privado (Microsoft) mas antigo secretário de Estado da Juventude no Governo de Santana Lopes, líder da JSD e deputado até 2011. Foi ainda diretor de campanha de Marcelo Rebelo de Sousa e em 2019 fundou o  Movimento X , uma iniciativa cívica sobre políticas públicas. Ainda assim, tem estado afastado da política ativa e deixou de ser presença assídua nos espaços de comentário televisivos.

No entanto, a sua candidatura à  Câmara do Porto em 2025  é dada como uma possibilidade, pelo que há quem apele para um cargo com mais visibilidade a nível nacional e protagonismo no quotidiano do partido — já que o CEN é um órgão de natureza consultiva e que funciona junto do presidente da comissão política nacional.

 

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