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Há cada vez mais concelhos à beira de recuar no desconfinamento. A Norte o crescimento de casos é "avassalador"

09-07-2021 - Nuno Guedes

Não há sinais de quando será o pico da atual vaga de Covid-19. Norte (e sobretudo o Porto) aproxima-se cada vez mais das incidências das regiões de Lisboa e do Algarve.

Équase certo que mais concelhos vão ser declarados esta quinta-feira em situação de alerta amarelo ou de risco elevado e muito elevado por causa do agravamento da Covid-19, recuando, assim, no processo de desconfinamento.

A convicção é de  Carlos Antunes , perito da equipa da  Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa  que tem acompanhado a evolução da pandemia e que recebe os dados atualizados, por concelho, da  Direção-Geral da Saúde (DGS), que acredita ser algo inevitável tendo em conta que há uma semana, na última atualização feita depois do Conselho de Ministros, o país tinha um incidência de 172,8 novos casos por 100 mil habitantes e agora já chegou a 247,3.

Além do indicador anterior, disponibilizado nos relatórios diários da  DGS , Carlos Antunes explica que a análise que têm feito na  Faculdade de Ciências  confirma aumentos evidentes em inúmeros concelhos do país.

A matemática

Na última semana foram 66 os concelhos identificados pelo Governo em situação de alerta ou risco elevado e muito elevado de contágio, mas desta vez o perito está convencido que serão mais de 80, ou seja, estando acima do limite de 120 novos casos por 100 mil habitantes.

É uma questão de matemática: "Todas as regiões estão a subir a sua incidência e algumas a um ritmo muito elevado, nomeadamente no  Algarve  e na região Norte. E isto, sendo uma média, quer dizer que quase todos os municípios irão subir, também, as suas taxas locais de incidência".

A cidade de  Lisboa  já está, segundo Carlos Antunes, com uma incidência de 702, com tendência evidente de subida nos concelhos vizinhos de  Cascais Oeiras Amadora Almada Loures Odivelas  e  Sintra .
A Sul destaque para  Loulé  e  Albufeira  que já vai com uma incidência de 942 casos e efeitos evidentes de contágio aos municípios vizinhos, sem "sinais de abrandamento".

Crescimento avassalador a Norte

No entanto, Carlos Antunes destaca que, apesar da pandemia continuar a crescer nas regiões de Lisboa e  Vale do Tejo  e do Algarve, é a Norte que o aumento tem sido ainda mais expressivo.

"Toda a região Norte tem tido um aumento avassalador. O Norte tinha há pouco mais de 8 dias cerca de 160 casos diários e esse número passou rapidamente para 550. Nenhuma outra região observou um aumento tão rápido e repentino da incidência, pelo que é normal que todos os concelhos essencialmente em torno da cidade do Porto, mas em geral em toda a região Norte, assistam a uma progressão de forma muito rápida", prevê o perito da Faculdade de Ciências.

Aliás, nada indica que os aumentos de casos que se têm verificado um pouco por todo o país tenham tendência para parar em breve.

"Do ponto de vista matemático não há nenhum fator que esteja a contribuir para inverter a situação de crescimento. Pode atenuar a velocidade de crescimento, algo que está a acontecer, por exemplo, em Lisboa e Vale do Tejo, mas enquanto o Rt (índice de transmissibilidade) estiver em subida não há sequer sinal de quando possa ocorrer o pico desta vaga epidémica", conclui Carlos Antunes.

Fonte: TSF

 

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