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Com as “melhores regalias do Estado”, Adão e Silva tem 5 anos para organizar comemorações do 25 de Abril

11-06-2021 - Daniel Costa

Salário de topo, motorista privado e uma equipa com, pelo menos, outras oito pessoas. Pedro Adão e Silva tem cinco anos para organizar as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.

O ex-secretário nacional do PS Pedro Adão e Silva foi o escolhido de António Costa para preparar o programa oficial das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril. O comissário executivo vai ter um salário de topo, um motorista privado e vai liderar uma equipa com, pelo menos, outras oito pessoas.

A equipa pode crescer, explica o Observador, caso sejam recrutados “até quatro técnicos superiores”, como é admitido na resolução do Conselho de Ministros.

Nas comemorações dos 30 anos do 25 de Abril, António Costa Pinto foi convidado para ser comissário executivo de uma equipa de apenas três pessoas. Além disso, não acumulou o salário com qualquer outro tipo de rendimentos.

O salário de Pedro Adão e Silva andará à volta dos 320 mil euros até ao final de 2026. Embora a data da celebração seja em 2024, o tempo de vida da estrutura de missão das comemorações vai alargar-se até 2026.

De acordo com o estatuto remuneratório da Administração Pública, o cargo de direção superior de 1.º grau é equivalente ao de diretor-geral, o mais alto cargo da carreira, e tem direito a uma remuneração mensal de 3.745,26 euros, acrescidos de 780,36 euros para despesas de representação.

Assim, como apontou Rui Pinto num tweet, “durante 5 anos, 6 meses e 24 dias, Pedro Adão e Silva vai usufruir das melhores regalias que o Estado tem para oferecer.

O líder do PSD, Rui Rio, também criticou a escolha de Pedro Adão e Silva e pediu explicações ao primeiro-ministro.

“Para que é que é necessário nomear um comissário executivo com toda esta antecedência para comemorações que vão decorrer em 2024 e com o lugar a terminar em 2026? Vai ficar ao todo cinco anos e meio, a 4.500 euros por mês, dá seguramente mais de 320 mil euros ao todo”, criticou.

O líder do PSD afirmou que o Governo quer que, dos impostos dos portugueses, “paguem ao dr. Pedro Adão e Silva mais de 300 mil euros para organizar ou ajudar a organizar as comemorações” dos 50 anos do 25 de Abril.

“Considero isto absolutamente escandaloso e considero mesmo que se pode ler que é um pagamento pelos serviços prestados ao Partido Socialista com os impostos dos portugueses”, acusou.

Por sua vez, Francisco Rodrigues dos Santos, líder do CDS, acusou o Governo de “não olhar a meios para promover um dos protegidos do ‘socialistão’.

A exposição do caso por parte do diretor de informação do Porto Canal, Tiago Girão, no Jornal Editorial, também tem corrido as redes sociais.

António Costa considerou insultuosas as acusações proferidas por Rui Rio. Confrontado pela agência Lusa com esta posição do líder social-democrata, Costa respondeu: “É uma declaração tão insultuosa que, por uma questão de respeito com o líder da oposição, me exige que a ignore”.

O Presidente da República disse também esta terça-feira que a escolha de Pedro Adão e Silva pelo Governo para comissário executivo das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril teve o seu aval e considerou-o “muito consensual”.

Questionado pelos jornalistas sobre esta escolha, durante um percurso a pé no concelho de Câmara de Lobos, na Madeira, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “Foi uma escolha do Governo, mas com o meu aval”.

Fonte: ZAP

 

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