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Especialistas aconselham Governo a não avançar no desconfinamento

16-04-2021 - Liliana Malainho

Manuel Carmo Gomes, o epidemiologista que deixou de participar nas reuniões no Infarmed, aconselhou o Governo a não avançar para a terceira fase de desconfinamento. E não é o único a defender a suspensão.

De acordo com o Observador, a recomendação do especialista foi transmitida às ministras da Saúde e da Presidência e está relacionada com o crescimento do R(t) – que já está acima de 1 – e do aumento da incidência.

“Das duas, uma: ou seguimos o caminho da prudência e o caminho que mostra que aprendemos as lições do passado ou prosseguimos dogmaticamente o calendário do desconfinamento como se estivesse tudo normal”, disse Manuel Carmo Gomes, em declarações ao jornal i.

Em fevereiro, o epidemiologista, que tem sido um dos mais críticos da atuação do Governo, deixou de participar nas reuniões no Infarmed por motivos profissionais, rejeitando que a saída estivesse relacionada com o seu desacordo com o Executivo.

Raquel Duarte, pneumologista e autora do projeto de desconfinamento pedido pelo Governo, também defendeu, em declarações ao Diário de Notícias, que “seria prudente esperar mais uma semana para ter a fotografia total da realidade no país, já com o impacto do desconfinamento na Páscoa e com a reabertura de alguns setores no dia 5 de abril, para se tomar depois uma decisão sobre o que fazer”.

Apesar de a situação estar controlada, o R(t) encontra-se acima de 1 e a incidência aumenta todas as semanas, pelo que Portugal vive agora em “alerta”.

“Defendemos que mais do que datar ou que definir datas, o importante é olhar para os dados e avaliá-los para se tomar decisões”, referiu Raquel Duarte.

Óscar Felgueiras, que trabalhou ao lado de Raquel Duarte no plano de desconfinamento, concorda com a pneumologista.

Também em declarações ao jornal i, o matemático invocou o princípio da prudência para defender que se aguarde, pelo menos, uma semana para avaliar se se avança ou não para a terceira fase de abertura.

Esta terça-feira, ao DN, Carlos Antunes, professor da Faculdade de Ciências (FCL) da Universidade de Lisboa, defendeu que o valor do R(t) continua a aumentar a um ritmo “significativo e preocupante” e que “as cautelas têm de ser tomadas agora”.

O especialista considerou que, neste momento, devem ser ponderados três cenários: “se se suspende a terceira fase do desconfinamento por uma ou duas semanas, se se abre todas as atividades ou não, e até se se deve regredir nalgumas áreas que abriram.”

Fonte: Zap

 

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