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Casos de covid a subir. Discotecas abertas e público nos estádios "não será nos próximos tempos"

11-09-2020 - Rita Rato Nunes

Foram confirmados mais 646 novos casos de covid-19, nesta quarta-feira, o valor mais elevado desde 20 de Abril. Governo e a DGS falam em aumento da movimentação populacional durante as férias, que deverá estender-se ao início do ano lectivo. Não é, portanto, "prudente" pensar na reabertura das discotecas ou na possibilidade de jogos de futebol com público no estádio, afirmou a directora-geral da Saúde.

A esperança dos adeptos de futebol em voltar a assistir a um jogo dentro do estádio está adiada, tal como o regresso das discotecas, referiu a directora-geral da Saúde, nesta quarta-feira, em conferência de imprensa. Dita-o a prudência, numa altura em que o número de infecções diárias por causa do novo coronavírus está a crescer.

Em Portugal, nas últimas 24 horas, morreram mais três pessoas e foram confirmados mais 646 casos de covid-19 (um crescimento de 1,05% em relação ao dia anterior), de acordo com o boletim epidemiológico da Direcção-geral da Saúde (DGS). Este é o número de infecções diárias mais elevado desde 20 de Abril, quando foram notificados 657 casos.

"O governo já estava expectante de que os números viessem a aumentar" neste período de férias, de regresso ao trabalho e à escola, apontou a secretária de Estado adjunta da Saúde, Jamila Madeira, durante a conferência de imprensa, onde anunciou também um concurso para a compra de novos equipamentos de protecção individual no valor de 20 milhões de euros.

Por sua vez, a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, sublinhou ser "normal [este aumento] após um período de mobilidade social", destacando ainda que "apenas 12% destes casos dizem respeito a pessoas com mais de 70 anos, o que é um indicador positivo em relação à potencial gravidade dos casos".

A responsável pela DGS defendeu que, "com o potencial aumento de casos, manda a prudência que não ensaiemos outras medidas que possam levar a mais contactos. Devemos ser prudentes e faseados e ir abrindo outras actividades à medida que estabilizamos algumas", tais como a reabertura de discotecas ou de estádios de futebol ao público.

"Pessoas nos estádios e nas discotecas não vai ocorrer nos próximos tempos", afirmou Graça Freitas, sem precisar mais pormenores temporais.

Primeiro, há que esperar pelos resultados da mobilidade relacionada com o regresso às aulas que envolverá 1,2 milhões de alunos, 120 mil professores e outros milhares membros da comunidade escolar. O início do novo ano lectivo está agendado para começar entre 14 e 17 de Setembro, apesar de já existirem aulas a decorrer nas escolas privadas.

Passados seis meses desde que foram conhecidos os primeiros casos de covid-19 em Portugal, um dos conhecimentos já consolidados é o de que a maior "mobilidade gera mais contactos, e mais contactos mais casos", continuou Graça Freitas. "Faz parte do ciclo da nossa vida social. Por precaução, o governo já tinha acautelado voltarmos à contingência."

A partir de dia 15 de Setembro todo o país entra em estado de contingência, o que envolve medidas mais restritas no que diz respeito ao número de pessoas que podem juntar-se ou ao horário do comércio, por exemplo.

A Ordem dos Médicos defende o uso de máscara na rua em locais com maior concentração de pessoas.

Ainda em relação ao futebol, mas do lado de dentro do campo, a directora-geral da Saúde anunciou, durante a conferência de imprensa, que as autoridades sanitárias fizeram mais 36 testes de rastreio à covid a membros da comitiva da equipa de futebol da Bielorrússia, onde tinham sido detectados três casos positivos.

Na sequência desta medida, foram encontrados mais três infectados, ou seja, no total há notícia de seis casos de covid-19 na selecção nacional de futebol de sub-21 da Bielorrússia, que deveria ter defrontado Portugal nesta terça-feira, na Cidade do Futebol, em Oeiras.

Ainda não há data prevista para a realização deste jogo, uma decisão que cabe à UEFA, como referiu Graça Freitas, que garantiu ainda que "estes jogos só se realizam quando há condições de segurança".

Fonte: DN.pt

 

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