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Plano do hidrogénio vai sair “muito caro” aos portugueses

14-08-2020 - Zap

Os fundadores da Tertúlia Energia defendem que o plano do hidrogénio do Governo tem várias lacunas e vai custar “muito caro” aos consumidores portugueses.

Num artigo publicado no jonal ECO, os fundadores da Tertúlia Energia, Abel Mateus, Luís Mira Amaral e Pedro Clemente Nunes, destacam os principais erros da aposta do Governo no hidrogénio e garantem que esse plano  vai sair “muito caro” aos consumidores portugueses.

O Governo olha para o plano do hidrogénio como uma solução para a descarbonização da economia. No entanto, os gestores da Tertúlia Energia consideram que este é um problema a nível mundial, que só se resolverá quando os grandes poluidores como a China, os EUA e o Japão reduzirem as suas emissões de CO2.

“Parece que querem fazer crer que Portugal ao descarbonizar vai limpar a atmosfera por cima do território nacional,  o que é um mito”, escrevem os especialistas.

Além disso, são apontados  “custos enormes” para os consumidores portugueses, que não vão poder ser suportados depois da crise provocada pela pandemia de covid-19.

No Manifesto para a Recuperação Económica lê-se que o hidrogénio verde irá ficar ao mesmo preço do hidrogénio produzido a partir de gás natural em 2030 e muito mais barato em 2050. Como tal, os fundadores da Tertúlia Energia defendem que o investimento no hidrogénio só deverá ser feito, pelo menos,  a partir de 2030.

Os autores do artigo de opinião comparam este investimento precoce ao incentivo feito por José Sócrates e Manuel Pinho, para se investir nas eólicas e nas solares em 2005.

“Se se tivessem feito hoje estes investimentos (como muitos países o estão a fazer), a preços 60% mais baratos para as eólicas e 20 vezes mais baratos para a energia solar, teriam  poupado aos consumidores uma grande parte dos 22 mil milhões  de euros em rendas excessivas e tecnologias imaturas”, lê-se no ECO.

Adicionalmente, os autores salientam que o manifesto não aborda os enormes custos que teria a utilização do hidrogénio para  substituir o gás natural nas centrais termoelétricas.

“A insistência na Estratégia do Hidrogénio do Governo é como se alguém dissesse a um filho a quem lhe ardeu a casa:  não te preocupes porque te vou oferecer um Ferrari!“, atiram os autores.

 

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