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Pacientes da covid-19 deixam de infectar outros ao 11.º dia

29-05-2020 - Diogo Camilo

Estudos divulgados pela Singapura apontam que um teste positivo para o novo coronavírus não significa que o vírus possa ser transmitido a outras pessoas. Essa habilidade, dizem, perde-se ao 11.º dia de infeção.

Pacientes da Covid-19 deixam de poder infectar outras pessoas após 11 dias de infecção, mesmo que continuem a testar positivo para a doença. "Um teste positivo não equivale à infecciosidade ou patogenicidade do vírus", indica o estudo nacional de Singapura, que aponta que a transmissão do novo coronavírus pode acontecer antes do aparecimento de sintomas, mas ressalva que a habilidade de transmissão do vírus se perde ao 11.º dia de infecção.

A descoberta, anunciada num comunicado conjunto do Centro Nacional de Doenças Infecciosas de Singapura e da Academia de Medicina do país asiático, ocorreu após um estudo local sobre a carga viral do novo coronavírus em 73 pacientes da Covid-19. Através da reacção em cadeia da polimerase (PCR) do vírus Sars-CoV-2, investigadores verificaram que, a partir de determinada quantidade de DNA, não existia vírus viável que conseguisse replicar-se.

Ao mesmo tempo, descobriram que o vírus não conseguia ser isolado ou reproduzido a partir do 11.º dia de doença, o que sugere que, mesmo que o RNA do vírus continue a ser detectado e dê origem a testes positivos, a virilidade já lá não está e, por isso, a pessoa infectada com a Covid-19 não pode infectar mais ninguém.

O estudo, divulgado este sábado, refere também estudos em Hong Kong nos quais o tempo médio de aparecimento dos sintomas foi de 5.8 dias, sugerindo a possibilidade forte de infecção pré-sintomática, ou seja, um infectado sem sintomas pode infectar outro que não tenha o novo coronavírus. O mesmo indica que o período de infecção começa 2.3 dias antes de surgirem os sintomas. A capacidade viral de um infetado infectar outro atinge o seu máximo aos 0.7 dias de infeção, mas tende a descrever numa semana.

Para as autoridades de Singapura, estas informações indicam que, mesmo que o RNA viral permaneça em alguns pacientes – o que também explica o porquê de recuperados testarem positivo -, este material genético não representa um vírus infeccioso e, por isso, estas pessoas não podem infetar outras.

As descobertas, refere a Bloomberg, podem agora mudar a maneira como pacientes da covid-19 são dados como recuperados, uma vez que os critérios dizem respeito a testes negativos e não à infecciosidade de um doente com o novo coronavírus.

Portugal tinha, até este fim de semana, apenas pouco mais de sete mil recuperados entre os mais de 30 mil infectados mas a inclusão de utentes que já estavam recuperados segundo o critério clínico e que tinham pelo menos um resultado negativo em termos laboratoriais fez subir o número de recuperados para 17 mil no sábado.

A chave estava na aplicação de rastreamento de casos Trace Covid, onde estes utentes já tinham registo de recuperado. No sábado, a ministra da Saúde, Marta Temido, já tinha alertado também que o número de recuperados pode vir a aumentar ainda mais em relatórios de situação posteriores se entretanto se confirmarem em laboratório alguns registos de recuperação que ainda aguardam confirmação laboratorial.

Fonte: Sabado.pt

 

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